Resumo

Título do Artigo

ANÁLISE QUALITATIVA COMPARATIVA: explorando as capacidades dinâmicas para o desempenho de inovação em startups de base tecnológica
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Palavras Chave

Capacidades dinâmicas
Desempenho de inovação
Startups

Área

Gestão da Inovação

Tema

Organização, Processos e Projetos de Inovação

Autores

Nome
1 - Thiago Ribeiro Siqueira
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES) - Departamento de Ciências da Administração
2 - Pablo Peron de Paula
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MONTES CLAROS (UNIMONTES) - Programa de Pós-Graduação em Modelagem Computacional e Sistemas (PPGMCS)
3 - ANDRÉ LUIZ MENDES ATHAYDE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Instituto de Ciências Agrárias - ICA - Campus Regional Montes Claros - MG
4 - GIAN LUCA SOUZA CALABRO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO (UFOP) - Ouro Preto

Reumo

Um tema recorrente nas pesquisas sobre estratégia empresarial são as capacidades dinâmicas de uma organização. Essas capacidades referem-se à habilidade de a empresa integrar, construir e reconfigurar competências internas e externas para enfrentar ambientes em constante mudança. Estudos apontam que as capacidades dinâmicas estão associadas ao desempenho organizacional, à obtenção e sustentação de vantagem competitiva e à performance de inovação (WANG; AHMED, 2007).
Este estudo buscou responder à seguinte questão norteadora: Quais as configurações de capacidades absortiva, adaptativa e inovativa são consistentes com o alto desempenho de inovação de startups de base tecnológica? Assim, o objetivo precípuo desta pesquisa foi identificar quais configurações entre as capacidades absortiva, adaptativa e inovativa são consistentes com o alto desempenho em inovação de startups de base tecnológica.
A capacidade absortiva descreve como as empresas buscam, adquirem, incorporam e assimilam o conhecimento (CRUZ; CORRÊA, 2018). A capacidade adaptativa se dá pela identificação e análise de mudanças e a alocação de recursos de acordo com essas. Já a capacidade inovadora trata-se da incorporação de habilidades para criação de novos produtos ou serviços (DONKOR et al., 2018). Por fim, o desempenho de inovação é medido por meio de diversos indicadores, como, por exemplo, o número de patentes registradas e investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Os construtos foram mensurados por um questionário composto por 37 questões com escala Likert de cinco pontos, juntamente com sete perguntas sociodemográficas. Para construção do questionário, selecionaram-se questões já validadas na literatura. Utilizou-se a plataforma Microsoft Forms®, sendo os participantes convidados por telefone, utilizando os números disponíveis nos sítios eletrônicos e páginas do LinkedIn® das empresas. A coleta de dados foi realizada no período de setembro de 2022 a maio de 2023. A técnica de análise de dados foi a Análise Qualitativa Comparativa (QCA).
Os achados salientaram que a ausência de todas as capacidades dinâmicas indica que empresas que não possuem as capacidades de absorção, inovação e adaptação tendem a ter um desempenho de inovação mais baixo. A presença das capacidades dinâmicas absortiva e inovativa e não necessariamente a adaptativa cria um ambiente propício para gerar alto desempenho de inovação em startups de base tecnológica.
Embora o modelo teórico considerasse que o alto desempenho de inovação seria alcançado por meio de bons resultados nas três capacidades dinâmicas simultaneamente, os achados sugerem que, no caso de empresas startups de base tecnológica, diferentes configurações podem ser mais efetivas no desempenho de inovação, configurações essas que não necessariamente abarcam todas as três capacidades dinâmicas. Em outras palavras, este estudo sugere que, a depender do contexto e da tipologia das organizações, algumas capacidades dinâmicas desempenham papeis mais relevantes que outros.
CRUZ, M. A.; CORRÊA, V. S. Capacidade absortiva e laços sociais: um modelo teórico integrado. Revista de Administração de Roraima-RARR, v. 8, n. 2, p. 504–525, 2018. DONKOR, J. et al. Innovative capability, strategic goals and financial performance of SMEs in Ghana. Asia Pacific Journal of Innovation and Entrepreneurship (Online), v. 12, n. 2, p. 238–254, 2018. WANG, C. L.; AHMED, P. K. Dynamic capabilities: A review and research agenda. International journal of management reviews: IJMR, v. 9, n. 1, p. 31–51, 2007.