Resumo

Título do Artigo

Auditoria de Inovação: avaliação do Pólo Calçadista de Nova Serrana (MG), a partir de suas grandes empresas
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Palavras Chave

Auditoria da inovação
Gestão da inovação
Polo Calçadista

Área

Gestão da Inovação

Tema

Organização, Processos e Projetos de Inovação

Autores

Nome
1 - Frederico Cesar Mafra Pereira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS (UFMG) - Programa de Pós-Graduação em Gestão & Organização do Conhecimento
2 - Marcelo Agenor Espíndola
Senac - Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial - Divinópolis/MG
3 - Jacyara Cristina Lucas Morato
FACULDADE DE NOVA SERRANA (FANS) - NOVA SERRANA
4 - Natasha Patrícia Duarte Faria
FACULDADE DE NOVA SERRANA (FANS) - Nova Serrana

Reumo

A exigência do mercado por bens e serviços cada vez melhores, fez com que a inovação se tornasse um dos fatores mais importantes para a geração de valor para as organizações (DAVILA, EPSTEIN e SHELTON, 2007; CARVALHO, REIS e CAVALCANTE, 2011; PORTO, 2013). Nesse sentido, a busca e o gerenciamento da inovação precisam ser contínuos e sistemáticos (LEMOS, 2019). Esta configuração ainda se tornou mais evidente a partir da pandemia da Covid-19, visto que muitas empresas aceleraram os seus projetos de inovação, readaptando os modelos de negócios, motivando novos estudos sobre a temática.
O vínculo entre a necessidade maior de competitividade, melhoria de desempenho e a inovação, já observado por Cormican e O´Sullivan (2004), se tornou mais evidente a partir da pandemia. Carvalho, Reis e Cavalcante (2011) ainda sustentam que a inovação é capaz de promover o aumento na demanda de bens e serviços, além de criar um diferencial competitivo. Diante deste cenário o estudo teve como objetivo geral analisar o nível de inovação das empresas calçadistas de Nova Serrana, a partir do modelo de ‘Auditoria de Inovação’ proposto por Tidd e Bessant (2015).
Inovação: conceitos e dimensões (Drucker, 1986; Carvalho, Reis e Cavalcante, 2011; Villela, 2013; Tidd e Bessant, 2015; Davila, Epstein e Shelton, 2007 e Costa, 2016). Modelos de Gestão da Inovação (Jonash e Sommerlatte, 2001; Chesbrough, 2003; Lemos, 2019). Indicadores de mensuração da inovação (Sawhney, Wolcott e Arroniz, 2006; Scherer e Carlomagno, 2009; Tidd e Bessant, 2015). Aplicações do modelo de auditoria da inovação (Habel e Teixeira, 2018; Mafra Pereira et al., 2019; Mafra Pereira e Espíndola, 2021).
O artigo se sustentou em um estudo de natureza descritiva e caráter qualitativo. Como unidade de análise, selecionou-se as 10 maiores empresas do setor calçadista de Nova Serrana conforme relatório informado pelo Sindicato de Calçados de Nova Serrana (SINDINOVA) em decorrência da mão-de-obra empregada. Como unidades de observação envolveu os empresários das respectivas empresas. Para a coleta de dados aplicou-se um questionário semistruturado contendo 40 questões categorizadas em 05 dimensões, conforme definido pelo modelo de ‘Auditoria de Inovação’ de Tidd e Bessant (2015).
Evidenciou-se oportunidades de melhoria para as dimensões associadas a ‘estratégia’, no qual as empresas envolvidas não possuem ou carecem de estratégias sustentadas pela inovação ou mesmo métodos de controle ou indicadores para mensurar a inovação. Por outro lado, na dimensão associadas a ‘processos’ identificou-se ações processuais que tem contribuindo para a otimização dos resultados organizacionais. Por fim os aspectos associados a ‘organização inovadora’, ‘relacionamentos’ e ‘aprendizagem’, mantiveram médias bem equilibradas, mas também evidenciando destaques e os possíveis desafios.
De forma geral, as empresas calçadistas de Nova Serrana apresentaram um nível de satisfação referente a inovação, apesar de lacunas e oportunidades. Por outro lado, na dimensão dos ‘processos’ identificou-se que as empresas tem desenvolvido ações que contribuem para esta dinâmica. O diagnóstico do modelo permite às empresas uma oportunidade de reavaliar diversas ações que favoreçam para um ambiente organizacional mais inovador. Ressalta-se que pelo fato destas empresas possuírem uma grande representatividade local, emerge uma necessidade de desenvolver a inovação em seu aspecto estratégico.
SAWHNEY, Mohanbir; WOLCOTT, Robert C.; ARRONIZ, Inigo. The 12 different ways for companies to innovate. IEEE Engineering Management Review, v. 35, n. 1, p. 45-45, 2007. SCHERER, F. O. Carlomagno. MS Gestão da Inovação da Prática: Como aplicar conceitos e ferramentas para alavancar a inovação. 1ª Ed. São Paulo: Atlas, p. 141-143, 2009. TIDD, Joe; BESSANT, Joe. (2015). Gestão da Inovação. Porto Alegre: Bookman. VILLELA, Cristiane. (2013). Inovação Organizacional: uma proposta de método para a inovação sistemática. Tese de Doutorado. Universidade Federal de Santa Catarina, SC, Brasil.