Resumo

A Primeira Revolução Industrial marcou a migração da produção artesanal para a fabril. Tear mecânico e motor movido a vapor estabeleceram condições para a produção em massa. No século XIX, a Segunda onda viu surgirem lâmpada elétrica, telégrafo, antibióticos e vacinas. Os primeiros computadores e a internet marcaram a terceira, no século XX. A Quarta Revolução Industrial engloba Inteligência Artificial – IA, Internet das Coisas e Big Data (CINTRA ET AL, 2018). A missão da IA, para Lee (2018) é recriar a inteligência humana.

A Quarta Revolução Industrial cerca-se de incertezas, entre as quais a substituição da força de trabalho humana pelas máquinas inteligentes. Novas tecnologias criam trabalhos capazes de absorver a mão-de-obra desempregada, conforme princípio da compensação. O tear mecânico substituiu os artesãos, enquanto quantidade maior de trabalhadores foi contratada para operar as máquinas. Alguns autores afirmam que IA determinarão a extinção de bilhões de empregos no mundo. Objetivo: investigar como o risco de desemprego em massa causado pela Inteligência Artificial é tratado atualmente pela literatura.

O referencial teórico tratará dos conceitos de Inteligência Artificial, deep learning, machine learning, aplicações atuais das tecnologias, desenhos de cenários relativos aos impactos sobre o nível de emprego.

A metodologia de revisão da literatura em 5 passos analisou 60 publicações voltadas para responder à pergunta de pesquisa. Os resultados foram tabulados em classes: Foco, posicionamento dos pesquisadores, desemprego em massa, similaridade com ondas anteriores de revolução industrial, polarização, soluções propostas, profissões do futuro, outros resultados não ligados diretamente à pergunta de pesquisa.

A literatura enxerga o risco da geração de desemprego em massa a partir da introdução das tecnologias de IA, IoT e Indústria 4.0 sob viés duplo de otimismo e preocupação pessimista, conforme se entenda que o momento venha a repetir as ondas anteriores de grandes inovações ou represente algo com características próprias. Em comum, os grupos divergentes enxergam exigências de capacidades diferentes das que os trabalhadores possuem atualmente, despertando a atenção para a requalificação dos mesmos e a necessidade de mecanismos que reduzam os possíveis impactos negativos.

Principais: ANDREESSEN (2016) BORDOT (2022) BRYNJOLFSSON & MCAFEE (2014) CAPTAIN (2016) CHIWEWE&DITSELA(2016) CINTRA ET AL (2019) DENYER&TRANFIELD(2009) ETZIONI(2017) FLEMING(2019) FORD(2015) FORD(2018) FREY&OSBORNE(2013) FREY&OSBORNE(2015) KRAUS ET AL (2020) LEE (2018) ONU (2020) ROFFEL & EVANS (2018) ROGERS (2016) ROMBÃO ET AL (2020) TOORAJIPOUR ET AL (2021) TORRISI & POLLASTRI (2020), M.; POLLASTRI WONG (2016)