Resumo

Nos últimos anos tem-se verificado uma crescente da produção acadêmica sobre o uso do blockchain nas cadeias de suprimentos, e mais recentemente, nas cadeias de suprimentos verdes. Apesar disso, ainda é escassa uma discussão do ponto de vista da filosofia da ciência praticada nestes estudos. Qual é a visão paradigmática predominante?

Este artigo teve como objetivo, analisar e discutir a literatura produzida sobre o tema, propondo uma reflexão sobre os paradigmas utilizados e sugerindo uma abordagem alternativa para futuras pesquisas.

Kuhn (1975) trouxe a discussão sobre o papel dos paradigmas no desenvolvimento da ciência normal, evidenciando a importância desta reflexão para a compreensão do processo das revoluções científicas. Apesar disso, são escassas as discussões ontológicas e epistemológicas nos estudos sobre a aplicação da tecnologia blockchain para as cadeias de suprimentos verdes. Assim, uma análise da produção acadêmica atual pode auxiliar para uma maior pluralidade paradigmática em pesquisas futuras sobre o tema.

O estudo constituiu em um levantamento de natureza bibliométrica de artigos, nas bases da Web of Science e Scopus, e na respectiva classificação paradigmática deles.

Os resultados mostraram a predominância do paradigma positivista e da utilização de métodos quantitativos nas pesquisas, visando uma maior pluralidade paradigmática para futuros estudos, foi proposta a utilização da Teoria Ator-Rede (TAR).

Kuhn, T. S. (1975). A estrutura das revoluções científicas. São Paulo: Perspectiva. Latour, B., (2005). Reassembling the Social: An Introduction to Actor-network-theory. Oxford University Press, Oxford.