1 - DEISE MAISA RIBEIRO DE SANTANA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS) - São Cristóvão
2 - Maria Conceição Melo Silva Luft UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS) - Programa de Pós-Graduação em Administração - PROPADM
3 - Thais Ettinger Oliveira UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE (UFS) - Programa de Mestrado Profissional em Administração Pública
Reumo
O teletrabalho tem ganhado espaço nos últimos anos nas organizações, principalmente com a pandemia da Covid-19. Algumas vantagens são comumente associadas a essa modalidade, principalmente no que tange a produtividade, mas também tem se falado no efeito oposto, relacionado a uma diminuição neste quesito, considerando alguns fatores. Diante disso, esse estudo torna-se relevante, pois busca analisar de que forma a produtividade tem sido avaliada na literatura quando associada ao teletrabalho, identificando a existência de vantagens e desvantagens nesse quesito.
A modalidade de trabalho à distância, denominada teletrabalho, tem impactado de que maneira no aspecto da produtividade? Há mais pontos positivos ou negativos? Este estudo objetivou analisar o impacto da prática do teletrabalho na produtividade, a partir de uma revisão sistemática de estudos internacionais neste campo.
O teletrabalho foi identificado como uma modalidade a ser incentivada no fim da década de 1960 por consequência da intensificação dos problemas de tráfego na cidade de Los Angeles (OLIVEIRA, 2020). A OIT define o teletrabalho como uma modalidade suportada pelo uso de TIC, realizada fora das dependências do empregador, seja em domicílio ou não. A partir do estudo de King, Lima e Costa (2014) é possível conceituar a produtividade como a forma eficiente de utilizar os recursos disponíveis para realização de um serviço ou a produção de um bem, de forma a buscar sempre uma melhoria contínua.
Efetuou-se o detalhamento dos 08 (oito) artigos e a maioria das publicações estão concentradas nos anos de 2020 a 2022. Dois estudos identificaram aumento de 20% a 35% na produtividade com a prática de teletrabalho. Dutcher (2012) identificou que os efeitos ambientais do teletrabalho podem ter implicações positivas na produtividade quando da realização de tarefas consideradas criativas. Dois estudos identificam que as horas de trabalho apropriadas aumentam a produtividade no trabalho, porém, quando a carga horária torna-se longa, a produtividade cai.
A análise crítica dos estudos demonstrou que não há consenso de que haja sempre ganhos na produtividade quando adotada a modalidade do teletrabalho, tendo em vista que alguns fatores, tais como carga horária de trabalho e ambiente inadequados, podem influenciar negativamente. Neste ponto, destacam-se os estudos de Dutcher (2012), Kazekami (2020), Mihalca, Irimias e Brendea (2021) e Weber et al. (2022).
(BULGARELLI; PORTO, 2011), (CATANÃ et al., 2022), (CHANG; CHIEN; SHEN, 2021), (DUTCHER, 2012), (FILARDI et al., 2020), (GALVÃO; RICARTE, 2019), (HAU; TODESCAT, 2018), (KAZEKAMI, 2020), (KING; LIMA; COSTA, 2014), Lei no 13.467/2017, (MENEZES; XAVIER, 2018), MIHALCA; IRIMIAS; BRENDEA, 2021), (NOGUEIRA FILHO et al.,2020), (OIT, 2020), (OLIVEIRA, 2020), (OLIVEIRA; PANTOJA, 2020), (ROCHA et al., 2021), (ROCHA; AMADOR, 2018), (ROSENFIELD; ALVES, 2011), (SAMPAIO; MANCINI, 2007), (ULATE-ARAYA, 2020), (WEBER et al., 2022)