Economia Solidária
Bibliometria
Eventos científicos
Área
Estudos Organizacionais
Tema
Organizações Não-Convencionais
Autores
Nome
1 - Maria Angeluce Soares Perônico Barbotin UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Departamento de Ciências Sociais Aplicadas
2 - Thaise Silva de Souza UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Campus IV
3 - José Bezerra Honório UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Agência UFPB de Inovação Tecnológica (INOVA UFPB)
Reumo
No Brasil, a partir de 2000, a Economia Solidária ganha espaço na estrutura de governo de estados que desenvolveram ações para fomentá-la e impulsionaram a criação da Secretaria de Economia Solidária (SINGER, 2009). Em 2019, a Senaes teve suas atribuições enviadas para a Secretaria de Inclusão Produtiva Urbana, do Ministério da Cidadania, mudança que “mutilou o conceito de Economia Solidária como uma estratégia de desenvolvimento” (PINHO, 2019). Autores brasileiros (SANTOS, 2012; SCHNEIDER, 2015; ALVES et al, 2016; SILVA, 2018; FILHO-CURI & CURI, 2020) contribuíram para mapear o estado da arte
O problema de pesquisa que norteou esse estudo foi: como a área de Administração brasileira tem abordado o tema da Economia Solidária? O objetivo foi analisar a produção científica brasileira na área de Administração sobre Economia Solidária nos eventos da ANPAD entre os anos 2000 e 2020. Objetivos específicos: Mapear, por regiões brasileiras, a evolução do número de artigos sobre Economia Solidária publicados em anais de eventos da ANPAD; Mapear as instituições dos/as autores/as; Identificar o número de autores/as dos artigos; Identificar os principais temas estudados
A Economia Solidária pode ser considerada como “outro modo de produção, cujos princípios básicos são a propriedade coletiva ou associada ao capital e o direito à liberdade individual” (SINGER, 2002, p. 10). As raízes mais distantes da Economia Solidária datam do século XIX Foi num cenário de turbulências sociais, provocadas notadamente pela revolução industrial, que o associativismo se apresentou como uma resposta de operários e camponeses, caracterizando-se desde esses primórdios por formas de gestão autônomas e democráticas (GAIGER, 2009).
O estudo coletou dados da produção científica brasileira sobre Economia Solidária nos eventos da área de Administração, com foco na ANPAD, entre os anos 2000 e 2020. Essa temporalidade considerou que nesse período ocorreram grandes acontecimentos no campo da Economia Solidária no Brasil, que passou por uma trajetória desde que políticas de governo foram implementadas para fomentá-la, até o momento mais recente no qual essas políticas foram praticamente extintas. Além disso, consideramos o prazo de vinte anos importante para verificar como uma determinada temática se consolida (ou não)
Foram analisados oito eventos, totalizando 25.248 trabalhos, dos quais 62 tratam sobre Economia Solidária, produzidos por 131 autores. As regiões brasileiras que mais contribuíram para os estudos foram o Nordeste, Sudeste, Sul e Centro-oeste. Os tópicos de mais interesse dos pesquisadores, identificados por meio das palavras-chave, foram Economia Solidária, autogestão e relações de trabalho.
GAIGER, L.I.G. Empreendimentos econômicos solidários. In: CATTANI, A. D. (org.). A outra economia. Porto Alegre, Veraz editores, 2003, p. 135-143.
_____________. Antecedentes e expressões atuais da economia solidária. Revista Crítica de Ciências Sociais, v. 84, p. 81-99, março 2009.
SINGER, Paul. Introdução à Economia Solidária – 1ª ed. – São Paulo : Editora Fundação Perseu Abramo, 2002.
__________. Políticas públicas da Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego. In: Mercado de Trabalho: conjuntura & análise, 39, Brasília: Ipea/MTE, pp. 43-48. 2009