Resumo

Título do Artigo

Uma proposta de construção de um hedge de compra de milho em Marechal Rondon-PR
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Palavras Chave

Agronegócio
Hedge
Efetividade

Área

Agribusiness

Tema

Gestão de Risco e Comercialização Agrícola

Autores

Nome
1 - Berenice Righi Damke
INSPER INSTITUTO DE ENSINO E PESQUISA (INSPER) - Pós Graduação Lato Sensu
2 - Wesley Mendes Carvalho
CENTRO UNIVERSITÁRIO ÁLVARES PENTEADO (FECAP) - Liberdade
3 - MARCELO DANIEL ARAUJO ERMEL
UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE (MACKENZIE) - CCSA
4 - Pedro Henrique Di Carmo Tavares
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP) - Registro-SP
5 - Saulo Shohei Miyahara
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - FEA

Reumo

O milho é um importante alimento e está na base alimentar de diversas culturas do mundo. Assim como no Brasil, o cereal está na base de várias cadeias produtivas e é um elo estratégico de extrema importância para as cadeias de avicultura de corte e postura, suinocultura, bovinocultura de corte e leite, alimentação humana, entre outras cadeias produtivas (Tonin & Alves, 2007), sendo que os principais estados produtores dessa commodity são o Mato Grosso e o Paraná. Dessa forma, busca-se estudar neste trabalho a efetividade de hedge de milho, localizado na região de Marechal Cândido Rondon.
Dessa forma, embora exista estudos que buscaram avaliar a efetividade de hedge de milho (Tonin & Alves, 2007; Neto, Figueiredo, & Machado, 2009; Rodrigues & Cunha, 2013), não foi avaliada a possibilidade de construir um hedge com preços futuros referenciados na B3 para proteção de preços de milho referenciados na região de Marechal Candido Rondon, no Paraná. Assim, surge a questão norteadora nesta pesquisa: É possível construir um hedge efetivo de milho localizado em Marechal Cândido Rondon utilizando derivativos referenciados na B3?
O risco de base, que é o principal fator de ineficiência de hedge compõe o time value, que inclui os juros embutidos nos preços futuros (derivativos) e sua diferença para os preços no mercado físico (à vista, spot). Por isso, um dos grandes desafios para a construção de uma estrutura de hedge de commodities eficiente é o hedge ratio, cuja determinação deve estabelecer uma razão ótima de hedge (Yaganti & Kamaiah, 2012). Assim, para se obter um hedge altamente efetivo é necessário construir um hedge de mínima variância (Tonin & Alves, 2007; Neto, Figueiredo, & Machado, 2009)
Desenvolvemos uma equação que modela a relação entre preços físicos em MCR e futuros da B3, tendo por base sua regressão linear e um modelo de ECM (Error Correction Model), e propusemos um ajuste na quantidade negociada de hedge para proteção das variações adversas do preço do milho em Marechal Cândido Rondon, PR, de forma que Também desenvolvemos testes de efetividade, por análise de sensibilidade e Dollar Offset para avaliar a efetividade de hedge em uma metodologia alternativa.
As séries são cointegradas a 1% de significância. Isso é indicativo de que o futuro de milho negociado na B3 sirva como uma boa ferramenta de hedge, apesar do risco de base existente entre as duas praças. Dessa forma, o fator de hedge de 96,9% é adequado para o produtor em MCR que tenha interesse de “travar” o preço ex ante, com uma efetividade de 98,5%. Nos modelos 1 e 2, a proporção indicada de hedge é pouco maior que 100%, de 108,4% (β = 1.084) no modelo 2 e 109,1% (β = 1.091) no modelo 1. Os testes de dollar offset e análise de sensibilidade também apresentaram um hedge altamente efetivo.
Acreditamos que seja possível construir um hedge altamente efetivo considerando a relação dos log retornos dos preços físicos referenciados em Marechal Cândido Rondon (MCR) e dos futuros da B3. Ainda que haja o fator de risco de base que causa ineficiência na relação de hedge é possível estruturar um hedge e mínima variância de forma que as compensações dos futuros sejam razoáveis em relação às variações de preços à vista em MCR.
Kar, S., & Khandelwal, P. (2020). Cross-hedging aviation fuel price exposures with commodity futures: Evidence from the Indian aviation industry. IIMB Managament Review, pp. 389-401. Witt, H. J., Schroeder, T. C., & Hayenga, M. L. (1987). Comparison of analytical approaches for estimating hedge ratios for agricultural commodities. Journal of Futures Markets, pp. 135-146. Rodrigues, G. Z., & Cunha, C. A. (2013). Operações de hedge de milho para importantes municípios goianos. Revista Politica Agrícola, pp. 38-55