Resumo

Título do Artigo

ECONOMIA DO COMPARTILHAMENTO E PERFORMANCE ESPERADA: Percepções de consumo colaborativo sob a ótica da mulher
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Palavras Chave

Economia do Compartilhamento
Tecnologia da Informação
Mulheres

Área

Turismo e Hospitalidade

Tema

Planejamento e Gestão em Turismo

Autores

Nome
1 - Gabryela Martins Ghirotti
IFSP - Instituto Federal de São Paulo - Campus São Paulo
2 - Natalya Reis da Silva
IFSP - Insitituto Federal de Educação, Ciências e Tecnologia de São Paulo - Campus São Paulo
3 - Rodrigo Ribeiro de Oliveira
INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO (IFSP) - São Paulo
4 - Rosineide Maria de Lima
IFSP - Instituto Federal de São Paulo - São Paulo
5 - Wellington Gonçalves
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO (UFES) - Departamento de Engenharias e Tecnologia

Reumo

O conceito de economia colaborativa é recente, tendo surgido com o advento da internet – que é um grande sistema de compartilhamento, o qual pode ser acessado por qualquer pessoa com um computador a ele conectado (Longen et al., 2018). Dessa forma, o mercado teve de se readaptar e, nesse cenário, surgem aplicativos de economia do compartilhamento, como a BlaBlaCar – empresa que oferece serviço de caronas, ou seja, compartilhamento de veículos para viagens. Para mulheres que viajam sozinhas, a economia do compartilhamento é uma alternativa e mais uma possibilidade de meio de transporte.
Este trabalho teve como propósito identificar a percepção de brasileiras sobre os serviços ofertados por uma empresa/aplicativo de compartilhamento de caronas, empregando uma pesquisa de natureza documental. Assim, é abordada relevância da viagem para a mulher que viaja sozinha, as tecnologias da informação, a economia do compartilhamento e a relação desta última com o turismo.
O termo “consumo colaborativo”, por Botsman e Rogers (2011), indica que o ato de compartilhar passou a receber novos valores sob o influxo da tecnologia. Os meios de transportes fazem parte da experiência turística, sendo o consumo colaborativo um fator de influência à perspectiva do turista, inclusive para mulheres que viajam sozinhas. As mulheres marcam um novo perfil de viajantes, pois têm vivido mais, tido menos filhos, ganhado independência financeira e liberdade diante de um histórico no qual foram condicionadas a se comportarem conforme os posicionamentos dos homens. (Reis, 2016).
Para analisar a percepção de qualidade das usuárias brasileiras da BlaBlaCar, foi adotada uma pesquisa de natureza documental com abordagem quali-quantitativa, sendo o Conteúdo Gerado pelo Usuário (CGU) a fonte de dados primária. Foram coletados 300 comentários postados durante os meses de janeiro a março de 2020, no aplicativo da empresa na plataforma digital Google Play. A coleta de dados foi realizada entre os dias cinco e nove de julho 2021 Para interpretá-los, foi utilizada a técnica de análise de conteúdo (Bardin, 1995).
Ao todo foram analisados 300 comentários e a unidade de análise escolhida foi a palavra. A categorização englobou nove tópicos, escolhidos com base na quantidade de comentários com conteúdo similares. Os comentários negativos (62%) foram categorizados em seis fatores: críticas ao aplicativo (26%), cancelamento de viagem (14%), insegurança (9%), falha na comunicação (6%), crítica ao pagamento/cobrança (4%), falta de suporte da empresa (3%). Os positivos foram categorizados em três fatores: recomendação (19%), segurança (10%), custo-benefício (9%).
Numericamente, é notória a concepção, majoritariamente, desfavorável à empresa, com uma diferença de 74 usuárias – quantidade relativamente baixa em vista de 300 usuárias. Os principais elogios foram referentes à alta probabilidade de indicar o aplicativo para outras pessoas e as principais desaprovações foram relacionadas ao mau funcionamento e dificuldade de utilizar o aplicativo. Apesar de problemas de funcionamento do aplicativo, as usuárias mencionaram pontos positivos referentes à praticidade, custo-benefício, segurança e conforto quanto à qualidade dos serviços de carona da empresa.
Bardin, L. (1995). Análise de conteúdo (1ª ed.). Lisboa. Bostman, R., & Rogers, R. (2011). O Que É Meu É Seu: Como o Consumo Colaborativo Vai Mudar o Nosso Mundo. (1ª ed.). Bookman. Longen, J. V. P., Pereira, G. H., Ryba, A., & Silva Jr., R. G. (2018). Viabilidade de uma Startup baseada em Economia Colaborativa. Revista Gestão & Conexões, 8(1), 24-42. Reis, A. M. (2016). Mulheres e viagens: insegurança e medo? [Trabalho de Conclusão de Curso de Graduação, Universidade Federal Fluminense]. Repositório Institucional da UFF.