Resumo

Desde 2020, a pandemia do COVID-19 tem gerado repercussões diretas sobre a vida da sociedade. Visando atenuar a disseminação da doença, diversos governos, em âmbito global, impuseram restrições generalizadas, a exemplo do encerramento, interrupção ou redução das diversas atividades laborais ou, quando possível, da adoção de regimes de trabalho remoto. Na atual conjuntura pandêmica, o e-commerce tem se mostrado como uma relevante alternativa no propósito de dirimir as barreiras comerciais estabelecidas, apresentando-se como mecanismo promissor para o contato entre empresas e consumidores.

Diante do exposto, é perceptível a interferência exercida pela pandemia do COVID-19 sob o comportamento de compra e consumo online dos indivíduos, Para tal, a presente pesquisa pretende responder a seguinte pergunta: Quais hábitos de consumo digital foram identificados no Nordeste Brasileiro a partir do contexto da pandemia do COVID-19? No intuito de responder a indagação formulada, o objetivo desta pesquisa consiste em: Identificar os hábitos de consumo digital no Nordeste Brasileiro a partir do contexto da pandemia do COVID-19.

Gupta (et al., 2016) ressalta que a necessidade da inovação se mostra imprescindível para o bom desempenho da competitividade, cujo marco, no setor varejista, se deu, explicitamente, em meados da última década do século XX, com o advento do e-commerce, a partir da liberação da internet para fins comerciais. Este segmento tem se destacado como ferramenta salutar para impulsão do consumo varejista no Brasil, mantendo-o ativo, sobretudo em cenários instáveis, a exemplo da pandemia do COVID-19 (BUSS, 2022).

O presente estudo foi desenvolvido a partir de uma abordagem qualitativa de pesquisa, caracterizando-se como exploratório-descritivo. O instrumento de coleta de dados utilizado foi entrevista semi-estruturada, desenvolvida por um consumidor eletrônico de cada estado do nordeste brasileiro, por meio de plataforma online gratuita, alcançando uma amostra de pesquisa composta por um total de 09 . A análise de dados foi conduzida através de análise de transcrição dos dados, resultando em informações interpretadas e apresentadas de maneira descritiva.

Observa-se que o perfil do público-alvo investigado, no geral, é composto por consumidores eletrônicos cujas faixas etárias variam entre 28 e 40 anos de idade e, em sua maioria, professores. Os dados revelam decréscimo no quantitativo de consumidores que não realizam compras online. Além disso, apontam que, embora os segmentos de vestuário e alimentação mantenham a liderança no tocante ao consumo online, observa-se que estes últimos, assim assim como os produtos farmacêuticos, alcançaram uma maior projeção em tempos de pandemia.

Entre os entrevistados datas sazonais são determinantes ao aquecimento do comércio digital, cujos mecanismos utilizados com maior frequência são os sites de lojas/fabricantes, aplicativos e redes sociais. Destaca-se ainda, apesar de fatores negativos como baixa logística ainda presente, insegurança e menor contato com o produto, que a avaliação atribuída pelos consumidores nordestinos é positiva, sobretudo em virtude do preço diferenciado, agilidade e comodidade. Destaca-se ainda o fato de que as mudanças geradas pelo contexto pandêmico provocaram novas formas de relações comerciais.

ANDRADE, M. C. F.; SILVA, N. G. O comércio eletrônico (e-commerce): um estudo com consumidores. Perspectivas em Gestão & Conhecimento, v. 7, n. 1, p. 98-111, 2017. GUPTA, Suraksha et al. Marketing innovation: A consequence of competitiveness. Journal of Business Research, v.69, n.12, p.5671-5681, 2016. NIELSEN. Webshoppers 43ª Ed. 2021. PINHO, F. V. B; CARVALHO, S. R. A; RAMOS, E. A. de S. E-commerce como ferramenta de desenvolvimento no comércio varejista. Revista Conexão ComCiência, n.3, v.1, 2021.