Resumo

Título do Artigo

O papel moderador das estratégias de redução da dependência de recursos na relação entre ambiente de inovação e capacidade de inovação de subsidiárias
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Palavras Chave

Capacidade de Inovação
Subsidiárias
Teoria da Dependência de Recursos

Área

Gestão da Inovação

Tema

Políticas, Estratégias, Instituições e Internacionalização da Inovação

Autores

Nome
1 - Rafael Morais Pereira
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Departamento de Administração
2 - Felipe Mendes Borini
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - Administração

Reumo

A literatura tem reconhecido o ambiente local da subsidiária como um determinante da sua capacidade de inovação, visto que o desenvolvimento de recursos é amplamente condicionado pela extensão da inserção da subsidiária em seu ambiente. Dado o dilema do efeito ambiental sobre o desenvolvimento de capacidades de inovação das subsidiárias, a teoria da dependência de recursos (TDR) (Pfeffer & Salancik, 1978, 2003) se apresenta como uma alternativa. No âmbito desta perspectiva emergem estratégias para a redução da dependência de recursos externos, como as fusões e aquisições e as alianças.
A partir da pergunta qual o papel das estratégias de redução da dependência de recursos no desenvolvimento da capacidade de inovação das subsidiárias, considerando o ambiente de inovação local?, o objetivo do artigo foi analisar o papel moderador das estratégias de redução da dependência de recursos (fusão e aquisição e alianças estratégicas) na relação entre o ambiente de inovação local e o desenvolvimento de capacidade de inovação das subsidiárias. A tese defendida é de que para maiores níveis de carência do ambiente local, maior será a relevância destas estratégias para a inovação.
As seguintes hipóteses foram propostas: H1(-): Um ambiente de inovação local deficitário está negativamente associado ao desenvolvimento da capacidade de inovação das subsidiárias; H2(+): A estratégia de fusões e aquisições está positivamente associada à capacidade de inovação das subsidiárias; H3(+): As alianças estratégicas estão positivamente associadas à capacidade de inovação das subsidiárias; e H4: As estratégias de redução da dependência de recursos moderam positivamente a relação entre ambiente de inovação local e o desenvolvimento da capacidade de inovação das subsidiárias.
Metodologicamente, adotou-se uma abordagem quantitativa com coleta de dados secundários da base de dados Capital IQ e do Índice Global de Inovação, de 509 empresas subsidiárias localizadas em diferentes países. A variável dependente foi a capacidade de inovação, enquanto a variável independente foi o ambiente de inovação local deficitário e, por fim, as variáveis moderadoras foram as estratégias de fusão e aquisição e as alianças estratégicas. Os modelos foram estimados por meio regressão linear múltipla e, de forma complementar, por meio da análise das condições necessárias.
Os resultados demonstraram que tanto fusões e aquisições quanto alianças estratégicas são relevantes para o desenvolvimento da capacidade de inovação. Quanto ao efeito do ambiente de inovação local deficitário, evidenciou-se relação direta e negativa já esperada sobre a capacidade de inovação. Por outro lado, constatou-se a relação direta e positiva da interação entre alianças estratégicas e o ambiente de inovação local deficitário com a variável dependente capacidade de inovação, o que referenda parcialmente a hipótese de moderação.
Diante da questão de pesquisa proposta, os resultados demonstraram evidências da tese defendida. Ou seja, para maiores níveis de carência do ambiente de inovação local, maior será a relevância das estratégias de redução da dependência de recursos externos para o desenvolvimento da capacidade de inovação das subsidiárias. Dessa forma, atuar proativamente diante da dependência externa para a reconfiguração dos recursos internos se configura como relevante para o desenvolvimento de novas capacidades operacionais.
Meyer, K. E., Li, C., & Schotter, A. P. J. (2020). Managing the MNE subsidiary: Advancing a multi-level and dynamic research agenda. Journal of International Business Studies, 51(4), 538-576. doi: 10.1057/s41267-020-00318-w Pfeffer, J.,& Salancik,G.R.(1978).The external control of organizations.New York:Harper & Row. Pfeffer, J., & Salancik, G. R. (2003). The external control of organizations: A resource dependence perspective. California: Stanford University Press.