Resumo

Título do Artigo

DETECTANDO AS RAÍZES HISTÓRICAS DA AMBIDESTRIA ORGANIZACIONAL POR MEIO DA ANÁLISE ESPECTROSCÓPICA
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Palavras Chave

ambidestria organizacional
exploration e exploitation
inovação

Área

Gestão da Inovação

Tema

Organização, Processos e Projetos de Inovação

Autores

Nome
1 - Paulo Barbosa de Castro
School of Knowledge Economy and Management, SKEMA Business School (Brazil, China, France, USA) - Campus Belo
2 - Dennys Eduardo Rossetto
School of Knowledge Economy and Management, SKEMA Business School (Brazil, China, France, USA) - SKEMA Business School - University Côte d'Azur (GREDEG)

Reumo

Alcançar e sustentar vantagens competitivas constituem o principal objetivo na gestão estratégica de uma organização. March (1991), em um dos artigos mais referenciados sobre ambidestria organizacional (AO), salienta que a capacidade de uma empresa para explorar seus ativos e recursos de forma rentável (‘exploitation’), ao mesmo tempo em que desenvolve novas tecnologias e mercados (‘exploration’) é crucial para o seu sucesso no longo prazo.
Ao longo dos últimos 20 anos de desenvolvimento da pesquisa sobre AO (ambidestria organizacional), quais são as maiores contribuições acadêmicas que marcaram a área e quais conceitos são ainda relevantes e necessários? O objetivo deste estudo consiste em mapear as bases intelectuais que sustentam a pesquisa em AO, identificando os pontos de virada que constituem este campo de pesquisa.
De acordo com o trabalho seminal de Duncan (1976), as organizações desenvolvem a ambidestria em uma abordagem sequencial, modificando sua própria estrutura ao longo do tempo para mantê-las alinhada ao objetivo da empresa, dadas as demandas concorrentes de inovação e eficiência. Para outros autores Tushman e O’Reilly (1996) assim como O’Reilly e Tushman (2013) há um ‘tradeoff’ entre ‘exploitation’ e ‘exploration’ e que a organização bem-sucedida é aquela que consegue equilibrar ambas. O conceito de ambidestria pode ser aplicado à estratégia, estrutura, processos e recursos humanos.
March (1991) lança fundamentos importantes para a pesquisa em ambidestria desenvolvendo os conceitos de ‘exploration’ e ‘exploitation’, abordando sua ocorrência como resultado da aprendizagem organizacional. Para este autor, existe uma troca entre o aprendizado individual e organizacional e que este aprendizado produz a ambidestria. Tushman e O’Reilly (1996) olham para a ambidestria organizacional comparando-a à biologia evolucionária. Para eles, a evolução da organização se dá de forma natural em resposta aos estímulos (desafios ou ameaças) do mercado.
Com isso, foi possível observar a vantagem decisiva oferecida pela adoção do método RPYS em que os documentos históricos determinantes puderam ser identificados com base no número de referências citadas pela comunidade acadêmica e sem quaisquer suposições adicionais. Esta abordagem contribuiu para alcançar o objetivo de mapear as bases intelectuais que sustentam a pesquisa em ambidestria organizacional, identificando os pontos históricos de virada no campo de estudo.
March, J. G. (1991). Exploration and Exploitation in Organizational Learning. Organization Science, 2(1,), 71–87. Gibson, C. B., & Birkinshaw, J. (2004). THE ANTECEDENTS, CONSEQUENCES, AND MEDIATING ROLE OF ORGANIZATIONAL AMBIDEXTERITY. Academy of Management Journal, 47, 209–226. Birkinshaw, J., & Gupta, K. (2013). Clarifying the Distinctive Contribution of Ambidexterity to the Field of Organization Studies. Academy of Management Perspectives, 27(4), 287–298. https://doi.org/10.5465/amp.2012.0167