Resumo

Título do Artigo

HUMAN: Reflexões sobre a humanidade a partir das racionalidades instrumental e substantiva
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Palavras Chave

Human
Análise Fílmica
Guerreiro Ramos

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Simbolismos, Culturas e Identidades

Autores

Nome
1 - Fernanda Costa Silva
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS (CEFET/MG) - Campus II
2 - Polyane Avelar Rezende
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS (CEFET/MG) - Campus II
3 - Barbara Gabrielle Silva
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA DE MINAS GERAIS (CEFET/MG) - Campus II
4 - Hellen Cordeiro Alves Marquezini
ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS DE SÃO PAULO (FGV-EAESP) - FGV

Reumo

A apreensão da realidade sempre esteve presente nos debates científicos de forma a esclarecer os fenômenos que circundam os indivíduos enquanto seres humanos e enquanto seres sociais (Vizeu, 2004; Rabelo et al., 2015), passando pela “ontologia através do conhecimento metafísico” até a razão comprovada cientificamente (Rabelo, 2015, p. 107). Esta, entendida como racionalidade que é comumente relacionada à era moderna, permanece até a atualidade de forma predominante, ou seja, o universo econômico prepondera e se ramifica sobre os demais universos da vida social (Vizeu, 2004).
Por meio da análise do filme documentário “Human”, este artigo se propõe a provocar reflexões acerca da transgressão da essência do ser humano ocasionada pela racionalidade instrumental, ilustrando como a imposição estrutural da sociedade aprisiona o sujeito em suas relações de trabalho. De forma complementar, refletir como a ação humana deve ser realizada como uma prática para o coletivo.
O referencial teórico, com vistas a direcionar o foco para a racionalidade instrumental enquanto fundamento da lógica social, amparou-se nas construções da Escola de Frankfurt (Marcuse, 1975; Horkheimer, 1990; Kellner, 2001) e também, nas construções de teóricos brasileiros da teoria organizacional crítica (Tenório, 1990; Serva, 1997, 2015; Pizza Júnior, 1994; Silva, 2001; Paes de Paula, 2014;), encontrou em Guerreiro Ramos (1981, 1984, 1989) o fundamento do debate por meio da ênfase na racionalidade substantiva.
Os fragmentos apresentados no item (i) de forma a retratar as relações dos seres humanos com o trabalho, foram aqueles em que foi possível perceber a perversidade dos impactos que a racionalidade instrumental ocasiona na vida dos seres humanos. São depoimentos de trabalhadores de linha de produção, em sua maioria. Os fragmentos transcritos no item (ii) foram escolhidos de forma a melhor representar a essência humana como fonte de prática para o coletivo. Neste sentido, em todos os fragmentos percebeu-se que os indivíduos, por meio dos seus relatos se apresentaram como integrados ao meio social
Em conclusão, além de resgatar fragmentos do documentário filme Human, contrapondo as narrativas com o referencial teórico proposto, percebeu-se que os indivíduos, em sua essência, são dotados de percepções próprias do contexto social em que estão imbuídos.
Kellner, D. (2001). A Cultura de Mídia – estudos culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno (Trad. Benedetti, I. C). Bauru: EDUSC. Marcuse, H. (1976). Eros e civilização: uma interpretação filosófica do pensamento de Freud. 6 ed. Rio de Janeiro: Editora Zahar. Marcuse, H. (2018). Agressividade em sociedades industriais avançadas. Dissonância: Revista de Teoria Crítica, 2(1. 2), 20-41. Ramos, A. G. (1984). Modelos de Homem e Teoria Administrativa. Revista de Administração Pública - RAP, 18(2), 3-12. Vanoye, F. & Goliot-Lété, A. (2016). Ensaio sobre a análise fílmica. 7ed.