Resumo

Título do Artigo

PERCEPÇÃO DOS DOCENTES DE PROGRAMAS DE PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO SENSU EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS ACERCA DE SUAS COMPETÊNCIAS PARA PESQUISA
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Palavras Chave

Competências
Pesquisa Contábil
Formação do Pesquisador

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Formação do Professor e Pesquisador

Autores

Nome
1 - Elisabeth de Oliveira Vendramin
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - ESAN - Escola de Administração e Negócios
2 - João Paulo Resende de Lima
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - PPGCC
3 - Barbara Bortoletto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - ESAN
4 - EVERTON FIGUEIREDO DURAES
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - Esan
5 - David Nogueira Silva Marzzoni
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO DO SUL (UFMS) - ESAN - Escola de Administração e Negócios

Reumo

A pós-graduação stricto sensu em Ciências Contábeis iniciou em 1970 (Peleia, Silva, Segreti & Chirotto, 2007). Estudos analisaram o modelo formativos dos PPGs com foco na análise da formação pedagógica oferecida (Andere & Araujo, 2008; Miranda, Casa nova & Cornacchione Junior, 2014; Laffin & Gomes, 2016; Nganga, Botinha, Miranda & Leal, 2016; Farias, Stanzani, Lima & Araujo, 2020). Um ponto em comum entre tais estudos é a crítica ao modelo atual dos PPGs, visto que “esse modelo de formação tem como base a pesquisa e não a formação didática” (Slomski, Lames, Megliorini & Lames, 2013, p. 74).
Apesar de os trabalhos acerca da formação pedagógica apontarem um modelo voltado para a formação de pesquisadores, estudos começaram a questionar essa afirmação (Martins, 2012; Nganga, 2019), visto que existem indicativos de uma possível estagnação também na área de formação de pesquisadores (Moser, 2012). Assim, questiona-se como se dá o processo de desenvolvimento de competências para pesquisa na área de Ciências Contábeis? O objetivo é analisar a percepção dos docentes dos PPGs stricto sensu em Ciências Contábeis acerca de suas competências para a pesquisa.
Os alicerces que envolvem o conceito de competência são a pessoa; a formação; e a experiência profissional, permeados pelo contexto ao qual está inserido (Le Boterf (1995). A formação das competências profissionais deve acontecer de forma continuada (Klaumann, 2002). Competência em pesquisa é formada por conhecimento, atitudes, destrezas e habilidades necessárias para desempenhar o desenvolvimento de um trabalho de pesquisa (Guillén, 2020), e são desenvolvidas e intensificadas por meio de trabalhos de pesquisa (Rocha & Dipp, 2010).
Pesquisa de natureza aplicada, descritivo-exploratória, pois analisa e descreve a percepção dos docentes dos PPGs em Ciências Contábeis, expondo as características de uma determinada população ou fenômeno, demandando técnicas padronizadas de coletas de dados (Prodanov & Freitas, 2013). A coleta de dados se deu por meio de questionário eletrônico, a partir da Escala de Competências em Pesquisa (Research Competencies Scale-RCS), proposta por Swank e Lambie (2016).
Os dados apontaram uma média maior de percepção de competência para os aspectos voltados à Pesquisa Quantitativa e um pouco menor para a Qualitativa, sendo os itens construção de referencial teórico e relacionar a questão de pesquisa com a literatura, mais confortáveis e comum às duas abordagens. No campo Ético, foram as encontradas as maiores médias de percepção de serem muito competentes. Ao tratar de divulgação, os pesquisadores se sentem um pouco menos competentes para indicar limitações e implicações práticas. Encontrar temas relevantes e lacunas, apresentou-se como fragilidade.
A pesquisa revela que as atividades exercidas pelos respondentes, como avaliador de artigos para periódicos, o trabalho de orientação da graduação até a pós-graduação, e a titulação de doutor, podem ser fatores que contribuem para que o pesquisador se perceba com maior Competências ao desempenhar suas atividades de pesquisa. Além disso, os resultados demostram segurança dos docentes ao tratar das competências éticas no processo de pesquisa, grande parte das respostas ficou localizada acima de “Competência moderada” sinalizando respeito e juízo com o rito legal da pesquisa.
Bonfim, R. A. (2012). Competência profissional: uma revisão bibliográfica. Revista Organização Sistêmica, 1(1), 46-63. Fleury, M. T. L., & Fleury, A. (2001). Construindo o conceito de competência. Revista de administração contemporânea, 5(SPE), 183-196. Swank, J. M., & Lambie, G. W. (2016). Development of the research competencies scale. Measurement and Evaluation in Counseling and Development, 49(2), 91-108.