Resumo

A inovação considerada tradicional tem total correlação com o avanço de conhecimento e com os esforços advindos de uma única empresa ou um número limitado de tecnologias (Chesbrough, 2003; Marjanovic et al. 2012). Com o avanço dessa temática dentro das empresas, estratégias diferenciadas de inovação que enfatizam o modelo de open innovation (OI), onde as organizações exploram o conhecimento externo e um número maior de tecnologias e opções, foram sendo criadas e implementadas nos últimos anos (Drechsler e Natter, 2012; Cassiman e Valentini, 2016).

O presente estudo teve como objetivo verificar quais as principais abordagens referentes ao tema “Open Innovation” – OI - (Inovação Aberta) estão sendo trabalhados em estudos científicos no período dos últimos 15 anos. O estudo se deu por meio de uma revisão sistemática da literatura de artigos, com pesquisas vinculadas a base de dados da Plataforma Sucupira da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), com buscas em periódicos nacionais e internacionais com classificação nos estratos Qualis A1, A2, B1, B2, B3, B4 e B5 no quadriênio 2013-2016.

De acordo com Chesbrough, Vanhaverbeke e West (2006, p. 1) a OI é o “uso proposital de conhecimentos internos e externos à organização para acelerar inovação interna, e expandir mercados”. Chesbrough (2003) chamou de OI a ação conjunta de várias fontes no processo de inovação, que utiliza ao mesmo tempo as competências internas da empresa, não só para realizar P&D, como para procurar, selecionar e acessar oportunidades e ativos externos à empresa.

Constatou-se com o estudo uma evolução crescente nas publicações de artigos científicos sobre o tema nos últimos anos, principalmente nos últimos 3 anos (2017 a 2019), onde encontrou-se uma concentração de 55% dos trabalhos analisados nessa base pesquisada de estudos; configuração de um bom número de estudo publicados em revistas de qualificação alta (A1 e A2) com 30% de trabalhos nessa faixa e uma divisão similar entre quatro (4) tipos de abordagens de metodologias utilizadas (teóricos, qualitativos, quantitativos e mistos entre qualitativos/quantitativos, demonstrando assim que não existe

Os principais estudos sobre o tema estão conectados a três pilares macro de abordagens, sendo: (1) Definição de modelos a serem adotados para aplicação da OI; (2) Mensuração da eficiência dos processos aplicados em organizações ligadas a OI; e por fim, (3) Verificação de resultados, impactos e criação de vantagens competitivas através da OI, sendo que esse último item (3) foi o mais encontrado nos artigos selecionados, e em sua maioria, demonstraram resultados e impactos positivos às organizações que implantaram a OI em sua gestão.

Chesbrough, H., & Vanhaverbeke, W. (2003). W & west, J. 2006. Open Innovation: Researching a New Paradigm. Chesbrough, H., Vanhaverbeke, W., & West, J. (Eds.). (2006). Open innovation: Researching a new paradigm. Oxford University Press on Demand. Chesbrough, H. (2012). Open innovation: Where we've been and where we're going. Research-Technology Management, 55(4), 20-27.