Resumo

Título do Artigo

O Efeito na Produtividade dos Gestores em uma Megacidade considerando o Estresse do Viajante Habitual Urbano
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Palavras Chave

Estresse do viajante habitual urbano
Qualidade de vida no trabalho
Gestores

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Andréa Regina Kaneko Kobayashi
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Barra Funda
2 - Fernando Antonio Ribeiro Serra
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - PPGA
3 - Leonardo Vils
UNIVERSIDADE NOVE DE JULHO (UNINOVE) - Memorial
4 - Claudia Terezinha Kniess
Escola Paulista de Política, Economia e Negócios - Universidade Federal de São Paulo - EPPEN/Unifesp - Osasco

Reumo

Estudos indicam que a crise da mobilidade urbana ou imobilidade urbana pode trazer problemas de saúde física e mental, como o estresse do viajante habitual urbano. Este estresse pode ser experimentado não apenas quando este está conduzindo o veículo ou outro tipo de deslocamento urbano (commuting), mas também em outras atividades. Dessa forma, os estados de debilitação da saúde gerados pelos fatores mencionados podem levar à perda de produtividade de empregados e gestores. A
Qual é o efeito do estresse gerado pelo commuting na produtividade dos gestores? O objetivo é identificar os efeitos commuting do viajante habitual urbano na produtividade de gestores de empresas de uma megacidade. Investigamos o estresse do viajante habitual na fadiga e no burnout, para avaliar seu efeito posterior na produtividade do gestor. O estudo foi realizado em uma cidade que pudesse ser representativa das megacidades.
Aos congestionamentos de veículos nas cidades, atribuem-se efeitos como estresse, ansiedade, fadiga e comportamento agressivo das pessoas. Isto pode estar interagindo ou proporcionando efeitos acumulativos com o estresse e a pressão do trabalho para os gestores. Esta exposição crônica de estresse do viajante habitual urbano pode ocasionar o burnout e fadiga, o que que por sua vez, pode afetar consequentemente a qualidade do trabalho, entretanto pouco se sabe do efeito dos estressores pessoais sobre o resultado do trabalho (Peasley, Hochstein, Britton, Srivastava & Stewart, 2020).
Foi enviado um survey via Linkedin para gestores que trabalham na cidade de São Paulo e se utilizam de automóveis para seu deslocamento casa-trabalho-casa. Foram 514 respondentes com respostas completas. Foram utilizadas quatro escalas: escala de estresse do viajante habitual urbano (Evans, Wener & Phillips, 2002); escala de fadiga (Chalder et al, 1993; exaustão emocional da escala de burnout (Maslach et al., 1996); trabalho completado da escala de presenteísmo de Stanford - SP 6 (Koopman et al., 2002).
O estresse do viajante habitual urbano tem um efeito importante na produtividade dos gestores, via trabalho completado. Os resultados indicam que o estresse dos gestores no seu deslocamento ao trabalho influencia a produtividade pela sua influência no burnout e na fadiga destes gestores. O estresse do commuting parece afetar o burnout, confirmando a influência no comportamento relacionado ao trabalho (Wener, Evans, & Boately, 2005; Hennessy, 2008; Shanafelt & Noseworthy, 2017). Os resultados também confirmam a incidência sobre a fadiga (Desmond & Matthews, 2009).
Nosso trabalho proporciona uma reflexão e embasamento sobre a imobilidade urbana de uma megacidade, que tem afetado tanto trabalhadores que se utilizam de transporte público como também os gestores. Esses gestores são trabalhadores do conhecimento, que têm sua produtividade diminuída frente aos problemas da insustentabilidade urbana: estresse debilitante, congestionamento, poluição sonora e atmosférica etc. Indicam a importância de estudos futuros relacionados a práticas de desestressamento para redução do burnout (Kahn, 2019).
Amyx, D., & Jarrell, L. (2016). The Influence of Salesperson Depression, Low Performance, and Emotional Exhaustion on Negative Organizational Deviance. Journal of Managerial Issues, 28. Evans, G. W., Wener, R. E., & Phillips, D. (2002). The morning rush hour: Predictability and commuter stress. Environment and behavior, 34(4), 521-530. Fallahi, M., Motamedzade, M., Heidarimoghadam, R., Soltanian, A. R., & Miyake, S. (2016). Effects of mental workload on physiological and subjective responses during traffic density monitoring: a field study. Applied ergonomics, 52, 95-103.