Resumo

Título do Artigo

OS EFEITOS DA PANDEMIA DA COVID-19 NAS ESTRATÉGIAS EXPLOTATIVAS E EXPLORATIVAS DAS INDÚSTRIAS FARMACÊUTICAS NO BRASIL
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Palavras Chave

Exploração
Explotação
Ambidestria

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Estratégias Organizacionais em Pandemia e Pós-Pandemia

Autores

Nome
1 - MACÁRIO NERI FERREIRA NETO
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - PPGA - Programa de Pós-graduação em Administração
2 - Flávio Julião
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Fortaleza
3 - Cristiane Maria Galvão Viana
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - Fortaleza
4 - Sergio Henrique Arruda Cavalcante Forte
UNIVERSIDADE DE FORTALEZA (UNIFOR) - PPGA

Reumo

Os efeitos da pandemia da COVID-19 no mercado ainda é uma incógnita, e na indústria farmacêutica não é diferente. Essa turbulência obrigam as empresas a rever suas estratégicas de inovação, visando se manter operante e competitiva. Para muitos gestores restam dúvidas entre melhorar os produtos, serviços ou processos ou criar novos. Para alguns autores as empresas optam por atitudes defensivas em momentos de turbulência, enquanto outras tomam atitudes inovadoras, e ainda há aquelas empresas que preferem uma ação que envolva a explotação e a exploração como forma de manter sua performance.
A turbulência do mercado afeta uma empresa em relação à implantação estratégica de recursos (Wang & Ke, 2016). O momento pandêmico leva as empresas a decisões complexas, neste sentido tem-se a seguinte questão: as empresas da indústria farmacêutica alteraram sua estratégia para manter ou ampliar seu desempenho em função da pandemia da Covid-19? Para responder à problemática, o objetivo deste estudo é verificar se as mudanças em ambientes de mercado altamente competitivos levam as empresas a ajustarem suas estratégias corporativas, a fim de manterem suas vantagens competitivas.
As turbulências de mercado afetam o status quo e compete às empresas buscarem novas oportunidades (exploradora) ou aprimoram as práticas atuais (explotadora) em busca da sua sobrevivência (Wang, Chiu, & Chen, 2015). Para March (1991) a explotação e exploração são mecanismos de aprendizagem que concorrem pelos recursos da empresa, contudo, necessitam de equilíbrio para garantia da manutenção sustentável em longo prazo de uma organização. Trabalhos apontam para a influência das estratégias de inovação nos resultados das empresas (Morgan & Bethon, 2008; Severgnini, Galdamez & Vieira, 2018).
A pesquisa é do tipo teórico-empírica, quali-quanti, com apoio de um modelo de regressão e roteiro de entrevista. A coleta de dados se deu pela aplicação de questionários e entrevistas com gestores das empresas farmacêuticas em dois momentos. O questionário se referia às informações anteriores (ano de 2019) e durante a pandemia da Covid-19 (maio e junho de 2020). As entrevistas buscaram respostas sobre as perspectivas futuras.
Os resultados suportaram as hipóteses que as estratégias de exploração, explotação e ou ambidestria influenciam o resultado da organização, sendo a exploração mais fortemente explicada no período anterior à pandemia e a explotadora, durante o período turbulento. Com relação a turbulência de mercado, os resultados indicam que sua influência aconteceu após o início da pandemia, influenciando a estratégia de explotação. Com relação aos gestores entrevistados, a perspectiva é de que a indústria farmacêutica retorne ao patamar anterior à pandemia, ou seja, retome sua capacidade exploradora.
As empresas do ramo farmacêutico alteraram sua estratégia para manter ou ampliar seu desempenho diante desse cenário incerto, mantendo a exploração em patamares similares, porém buscando o equilíbrio em termos de explotação, na busca da ambidestria, otimizando as vantagens de ambos os modelos e somando forças para a melhora dos produtos/serviços com a mitigação de riscos inerentes a um cenário de turbulência.
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