Resumo

Título do Artigo

ANÁLISE DAS CARACTERÍSTICAS DO PROCESSO DE INTERNACIONALIZAÇÃO DE STARTUPS: estudo em incubadoras e empresas na região da grande Florianópolis – SC
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho

Palavras Chave

Internacionalização de startups
Incubadora de empresas
Economia Catarinense

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - MARINES GARCIA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Trindade
2 - Silvio A. F. Cario
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - Programa de Pós Graduação em Administração
3 - Ana Maria Simões Ribeiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA (UFSC) - CSE

Reumo

O Estado de Santa Catarina apresenta concentração expressiva de startups. De acordo com a ACATE (2018), o Estado de Santa Catarina registrou a existência de 12.365 empresas de tecnologia, destas, 32.1% estão localizadas na região da Grande Florianópolis. Como as startups atuam em mercados muito incertos e dinâmicos, muitas procuram uma IBT para se desenvolverem e impulsionar seu processo de internacionalização. No ano de 2018, existiam 22 incubadoras em Santa Catarina (AZEVEDO; TEIXEIRA, 2018), destas, 4 estão localizadas na região da Grande Florianópolis.
Considerando o cenário de internacionalização das startups incubadas da Grande Florianópolis, o presente trabalho buscou responder a seguinte pergunta de pesquisa: “Como as incubadoras da região da Grande Florianópolis apoiam as startups incubadas a se internacionalizarem?”. O artigo teve como objetivo analisar como as incubadoras e as empresas de base tecnológica incubadas selecionadas na região da Grande Florianópolis tratam e tomam decisões a favor do processo de internacionalização.
A fundamentação teórica do trabalho está ancorada em aspectos teóricos da internacionalização de empresas; e nos conceitos e tipologias de incubadoras de empresas (IE). As IE são entidades que oferecem às empresas nascentes um ambiente voltado para o desenvolvimento de competências, visando o sucesso de negócios inovadores e a diminuição da mortalidade empresarial (ACATE, 2018). Elas podem auxiliar as startups a se tornarem Born global, que são empresas que nascem com a atuação no mercado interno, mas que abruptamente e de maneira acelerada se internacionalizam (BELL, MCNAUGHTON & YOUNG, 2001)
A pesquisa, consistiu em um estudo de caso, de caráter exploratório, identificando os mecanismos que a incubação de empresas de base tecnológica utiliza para fomentar a internacionalização das empresas incubadas. Para coleta de dados foram aplicados questionários e entrevistas semiestruturadas com gestores das incubadoras e das empresas, para verificação das ações a favor da internacionalização. Os dados qualitativos do presente estudo estão sustentados nas abordagens teóricas comportamentais dos negócios internacionais e os quantitativos são analisados mediante estatística descritiva.
O estudo apontou diferentes padrões de internacionalização nas incubadoras: a empresa incubada do CELTA foi caracterizada como uma born global, pois atua de forma efetiva no mercado externo desde seu início; a incubada do MIDITEC, também foi considerada uma born global em menor dimensão, participando de atividades em outros países, tendo ainda como principal mercado de atuação o doméstico; e, por fim, a incubada INAITEC que ainda não comercializa com o exterior, mas que tem realizado esforços voltados para o mapeamento de oportunidades externas.
Constatou-se que as incubadoras de base tecnológica, localizadas na região da Grande Florianópolis realizam constantes esforços para que suas incubadas tenham acesso ao mercado externo. Para isso, apresentam possibilidades por meio de participação em network de internacionalização de empresas, cursos, mapeamento de oportunidades, missões e participação em feiras e seminários internacionais para que as empresas incubadas possam participar e aproveitar do nicho de mercado em que atuam em nível internacional.
ACATE. Relatório de Atividades: 2018. 2019. 124 p. Disponível em: https://www.acate.com.br/wp-content/uploads/2019/06/relatorio-de-atividades-acate-2018.pdf. Acesso em: 17 Out. 2019. AZEVEDO, I. C.; TEIXEIRA, C. S.. As Incubadoras de Santa Catarina. 1. ed. Florianópolis: Perse, 2018. Disponível em: http://via.ufsc.br/wp-content/uploads/2018/04/e-book-Perfil-das-Incubadoras-de-SC.pdf. Acesso em: 15 Mar. 2019. BELL, J.; MCNAUGHTON, R.; YOUNG, S.. ‘Born-again global’firms: An extension to the ‘born global’phenomenon. Journal of international management, v. 7, n. 3, p. 173-189, 2001.