Resumo

Título do Artigo

Quebrando o teto de vidro: Estratégias das Reitoras das Universidades Federais do Brasil
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Palavras Chave

Gênero
Teto de vidro
Reitoras

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Gestão de Pessoas e de Equipes

Autores

Nome
1 - Ana Clara Berndt de Souza
Universidade Regional de Blumenau - FURB - PPGAd - Campus 1

Reumo

Faz mais de um século que as mulheres se manifestam por igualdade de gênero, e ainda assim, observa-se que os números, na ciência, ainda deixam a desejar. Autores acreditam que a existência de certas barreiras “invisíveis” (que são caracterizadas como teto de vidro) ao acesso à níveis de maior hierarquia e prestígio, comprometem a construção da carreira das mulheres, tanto na área científica, quanto na área administrativa das universidades públicas.
A justificativa do estudo é dada, uma vez que apenas 15% dos cargos de Reitoria das Universidades Federais do Brasil são ocupados por mulheres. Assim sendo, o objetivo desta pesquisa foi de investigar as estratégias utilizadas por mulheres para alcançar a Reitoria nas Universidades Federais do Brasil.
Ao se buscar uma definição para o termo, pode-se entender que o teto de vidro é nada menos que a barreira - aparentemente - invisível, imposta pela sociedade, que impossibilita pessoas do sexo feminino há atingir cargos na alta gestão. Diferentemente das barreiras ‘formais’ de progresso na carreira (ex.: educação), o teto de vidro se refere a questões menos tangíveis, e de certa forma mais complicados, pois estão ancorados em alguns fatores psicológicos, na cultura e na sociedade como um todo (Falk & Voigt, 2006; Vaz, 2013).
Por fim, das estratégias observadas, foi possível notar que apenas quatro delas foram importantes para a quebra do teto de vidro. Além disso, ficaram perceptíveis as barreiras ‘invisíveis’ encontradas pelas Reitoras, como: jornadas de trabalho mais longas; busca por desempenho alto; busca por tarefas difíceis e mais visíveis; e o preconceito e a discriminação por gênero.
Ao se analisar a trajetória profissional e acadêmica das Reitoras entrevistadas, ficou claro que estas mesmas trajetórias são construídas em ambientes regidos por valores e padrões masculinos, que decidem por si, restringir ou permitir, mas quase sempre dificultar, a participação das mulheres nos cargos de alta gestão acadêmica. Acaba-se compreendendo que, de alguma forma, as Reitoras entrevistadas foram impactadas pelo modelo masculino vigente para serem bem-sucedidas em sua profissão.
Falk, S., & Voigt, A. (2006). The Anatomy of the Glass Ceiling. Barriers to Women’s Professional Advancement. Studie von Accenture. Foucault, M. (1984). Michel Foucault, an interview: Sex, power and the politics of identity. The advocate, 7(40), 1. Scott, J. (1995) Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação e Realidade, 20(2), 71-99. Vaz, D. V. (2013). The glass ceiling in public organizations: the case of Brazil. Economia e Sociedade, 22(3), 765-790. Zambaldi, F., & Tonelli, M. J. (2018). Mulheres na ciência. Indicações bibliográficas, 114.