Resumo

Título do Artigo

A Importância do Mindfulness e do Clima para Serviços em Empresas de Foodservice
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

mindfulness
clima para serviços
foodservice

Área

Turismo e Hospitalidade

Tema

Covid-19 e efeitos em Turismo e em Hospitalidade

Autores

Nome
1 - Mestre Mauricio Braga
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI (UAM) - Vila Olímpia
2 - Rodrigo Cunha da Silva
UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI (UAM) - Vila Olímpia

Reumo

Segundo Nguyen & Leblanc (2002), o pessoal que tem contato direto com o cliente e o ambiente no qual o cliente é atendido são determinantes para o sucesso da efetivação completa do serviço prestado. Em ambientes de serviços como bares e restaurantes, as motivações hedônicas predominam sobre as utilitárias (HIRSCHMAN e HOLBROOK, 1982), portanto os consumidores costumam se aproximar por motivos relacionados ao lazer, ao bem estar e às satisfação de necessidades emocionais em detrimento de necessidades mais utilitárias como satisfazer a fome ou a sede (BABIN, GRIFFIN e DARDEN, 1994).
Além das tensões geradas por causa gravidade da pandemia de covid19 (FREITAS, NAPIMOGA e DONALISIO, 2020), funcionários do segmento de bares e restaurantes lidam com a baixa escolaridade e a vulnerabilidade ao desemprego/subemprego (OLIVEIRA, 1997), preocupações com a família e com os deslocamentos ao local de trabalho (MATOS, 2000), o que pode impactar seu nível de atenção às atividades regulares resultando em baixo desempenho e queda na qualidade do serviço. Assim, o objetivo deste artigo é associar o mindfulness dos empregados com o clima para serviços em bares e restaurantes.
De acordo com Wrenn (2020), é importante manter o equilíbrio necessário para que cada colaborador permaneça produzindo, sem com isso sacrificar os custos e os interesses comerciais. Por isso, a busca pelo mindfulness se tornou uma estratégia de gestão para transformar o indivíduo e criar uma conexão do indivíduo com o desempenho corporativo. Paralelamente, o clima para serviços precisa ser preservado por se tratar do sentimento compartilhado pelos trabalhadores das políticas, práticas e procedimentos relacionados ao serviço oferecido (SCHNEIDER, WHITE e PAUL, 1998).
A percepção do clima para serviços e o grau de mindfulness foram levantados por um questionário aplicado a 42 profissionais do setor de foodservice. Foram selecionadas (5) assertivas sobre a percepção do clima para serviços (VELOSO et al., 2015) e (6) assertivas sobre mindfulness (FRAUMAN, 1999). Cerca de 50% dos respondentes tem experiência de 5 anos ou mais em A&B, 59% são homens, 35 anos de idade média, 71% com ensino superior, 52% em função de gestão. Para a análise dos resultados foram utilizadas análises estatísticas descritivas e de correlação, testes T.
Ao relacionarmos o clima para serviços e o mindfulness dos funcionários, foi constatada moderada relação positiva na correlação de Pearson. Este resultado confirma a hipótese 1, ou seja, há relação positiva entre mindfulness dos funcionários e o clima para serviços. Também foi é possível identificar diferenças significativa no mindfulness entre aqueles que realizaram treinamento para serviços, mas não no clima para serviços. Portanto, a hipótese 2 foi parcialmente confirmada.
O treinamento em serviços teve relação com o mindfulness dos funcionários, corroborando com achados de outros pesquisadores que apontam para a possibilidade do desenvolvimento do mindfulness através de diferentes atividades com esse objetivo. Outra constatação é que oferecer treinamentos que não refletem no desenvolvimento de carreira dos funcionários do setor de foodservice não contribuem no mindfulness e clima para serviços.
SCHNEIDER, B.; WHITE, S.; PAUL, M. Linking service climate and customer perceptions of service quality: Test of a causal model. Journal of Applied Psychology, v. 83, p. 150-163, 1998. VELOSO, E. F. R. et al. Conditions for Service Climate in Brazilian Organizations. Latin America Business Review, v. 16, p. 45-61, 2015. WRENN, M. V. From Mad to Mindful: Corporate Control Through Corporate Spirituality. Journal of Economic Issues, v. 54, n. 2, p. 503-509, abr 2020.