Resumo

Título do Artigo

Análise da agricultura paulista, 1990 a 2018: Transformações e evolução das principais lavouras e mudanças no uso do solo
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Palavras Chave

Agricultura paulista
uso do solo
cana-de-açúcar

Área

Agribusiness

Tema

Estratégia e Competitividade

Autores

Nome
1 - Stephani Cetimia Mariotti Ruiz
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP) - Instituto de Economia (IE)
2 - Marcelo Maques de Magalhães
UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA JÚLIO DE MESQUITA FILHO (UNESP) - Faculdade de Ciências e Engenharia

Reumo

A agricultura no estado de São Paulo advém de políticas macroeconômicas/agrícolas e mudanças estruturais decorrentes da agricultura brasileira. Observa-se as implementações de mecanismos tecnológicos e de programas de mudança na agricultura é instaurado inicialmente no estado de São Paulo. Historicamente, a principal mudança no setor agrícola ocorreu a partir dos anos de 1960 e na década de 1970 a 1973 com notável índice de investimento governamental em pesquisas e tecnologias voltadas para a agricultura e pecuária, chamando-se, fase expansionista agrícola (FELIPE; MAXIMIANO, 2008).
O intuito para análise das mudanças estruturais da agricultura das lavouras permanentes e temporárias existentes no estado de São Paulo, a partir da década de 1990, é justificado pela necessidade de compreender o ambiente agrícola para futuras implicações de políticas públicas e investimento privado no setor. Com suas modificações relacionadas a quantidade produzida por hectares, área colhida, rendimento médio da produção e valor da produção.
Mudanças estruturais, econômicas, legislativas e institucionais que foram vivenciadas na década de 1990, que causaram impactos sobre a óptica do início da estabilização monetária interna e da internacionalização perante as cadeias produtivas da agricultura, possuindo assim, uma produção agrícola internacionalizada como exportação de produção, importação de insumos, padronização em metodologias de produção, padronização de consumo internacional e mudanças na cultura do consumo de comida, que proporciona o padrão de consumo (AGRA; SANTOS, 2001; FELIPE; MAXIMIANO, 2008).
Para análise foi utilizada a base de dados da pesquisa do Censo Agropecuário de 1995/96, 2006, 2018 e dados da Pesquisa Agrícola Municipal (PAM2018), referente a última atualização publicada em 2020, ambas publicadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), para todo o conjunto de lavouras permanentes e temporárias. O conjunto mínimo de variáveis disponíveis comum a ambas as fontes são: área colhida de lavouras, quantidade produzida, rendimento médio de produção e valor da produção.
Os principais resultados gerados evidenciaram que das principais culturas produzidas no estado de São Paulo, a partir da área colhida e do valor da produção, a cultura da cana-de-açúcar é a principal lavoura produzida em terras paulistas. Pois, enquanto a área colhida de cana-de-açúcar aumentou 3,74 milhões de hectares (R$16,5 milhões do valor da produção) entre 1990 e 2018, milho, laranja e café, perderam juntas, mais de 1 milhão (R$540 mil).
As principais conclusões estão vinculadas ao aumento do dinamismo de setor sucroalcooleiro, a substituição das lavouras permanentes pelas temporárias, principalmente a cana-de-açúcar, o aumento de produtividade das lavouras do milho, laranja e café, mesmo com diminuição da área colhida.
GONÇALVES, J. S. et al. Economias regionais paulistas no período 2005-2007: desconcentração na agropecuária com concentração na agricultura revelando diferenças estruturais. Informações Econômicas, SP, v.39, n.2, fev. 2009. p. 45-54. PAM. Produção agrícola municipal, culturas temporárias e permanentes. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2018. Rio de Janeiro, 2020. VIEIRA FILHO, J. E. R; FISHLOW, A. Agricultura e indústria no Brasil: inovação e competitividade. Editora: IPEA. Brasília, 2017. 305 p.