Resumo

A terceira década do século XXI veio acompanhada de um fato inesperado em nível mundial, a disseminação do Coronavírus (Corona Vírus Disease), trazendo o Covid-19 (OMS, 2020). No início da expansão do vírus, considerada como gripe. No entanto, tratava-se de uma pandemia, declarada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), em março de 2020. Com o avanço e a seriedade que o caso devia ser conduzido, ações em níveis gerenciais deveriam ser tomadas. Uma das medidas estabelecida foi a adesão de alguns setores ao home office, nas atividades que não teria nenhum prejuízo para o seu desenvolvimento.

O trabalho em home office, segundo estudo de Hill, Ferris e Märtinson (2003), conclui que a compreensão das respostas positivas sobre o equilíbrio entre trabalho em relação à vida e maior percepção pessoal ligado à família; quanto ao fator motivacional foi positivo pela flexibilidade para executar as atividades; assim, objetivou-se entender como os empregados públicos e privados percebem o trabalho em home office durante o período de pandemia. Para atender ao objetivo, utilizou-se o conceito home office, de Kurkland e Bailey (1999), àquele em que os funcionários trabalham regularmente em casa.

A interação casa/trabalho pode tornar um fator preocupante, na medida em que o trabalho é deslocado da empresa para o ambiente familiar sem a devida adequação ao novo ambiente, sem as devidas orientações das vantagens e desvantagens (KURKLAND e BAILEY,1999). Para os líderes empresariais que tinham resistência em adotar o trabalho remoto tem a oportunidade de ver os seus benefícios, sem a necessidade de escritórios equipados com funcionários felizes e aumento na produtividade; este momento abriu a porta para uma mudança e a adoção da cultura de trabalho em home office (GERDEMAN, 2020).

Adotou-se procedimentos metodológicos qualitativos com características exploratórias, em organizações públicas e privadas. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário. As perguntas foram enviadas pelo aplicativo Whatsapp para os convidados, que encaminharam via áudio, no mesmo aplicativo, que foram transcritas e reenviadas aos respondentes para validar. O questionário foi composto por um roteiro estruturado com 18 questões, dividido em duas etapas. A primeira, com questionamentos sobre o respondente e a segunda acerca do assentamento digital.

Quanto a instalação as respostas foram que: não houve ônus, tiveram ônus para se instalar em home office e outros tiveram ônus em adquirir tudo para o trabalho. O ônus, pode levar o empregado ao pensamento negativo do home office, sem ponderar o ambiente mais protegido e junto a familiares. O trabalho em home office foi surpresa para alguns empregados públicos e privados, outros entendiam da necessidade de se impor o home office; outros aguardam para o retorno em atividade presencial, contudo houve que gostasse e manifestasse para estar em home office por empregados das duas empresas.

A pandemia reforça um novo capítulo para as empresas lidarem com a nova demanda de trabalho em home office por parte dos novos adeptos e os que já pretendiam o exercício das atividades laborais em ambiente de suas escolhas. Nesse caso não é apenas a validação do trabalho em home office, há uma necessidade de adequação do empregado quanto aos fatores psicossociais, porquanto a exigência de uma produtividade em larga escala e isso ao longo do tempo pode haver uma sobrecarga trazendo doenças laborais no ambiente que anteriormente seria o seu descanso.

HILL, E, Jeffrey; Ferris Maria, e Märtinson Vjollca. https://doi.org/10.1016/S0001-8791(03)00042-3. Organização Mundial da Saúde (OMS). Coronavirus (COVID-19). Disponível em: https://www.who.int/es/. Acesso em 18.05.2020. KURKLAND, N. B., & Bailey, D. E. DOI: 10.1016/s0090-2616(00)80016-9. Acesso em 18.05.2020. GERDEMAN, Dina. As novas regras para o trabalho remoto: Edição Pandêmica. Março de 2020. Disponível em: https://hbswk.hbs.edu/item/the-new-rules-for-remote-work-pandemic-edition. Acesso em: 15.05.2020.