Resumo

Título do Artigo

VELOCIDADE DE AJUSTE DO CAIXA E O VALOR DE MERCADO DE EMPRESAS SMALL CAPS E BIG CAPS
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Palavras Chave

Caixa alvo
Velocidade de Ajuste do Caixa
Valor de Mercado

Área

Finanças

Tema

Estrutura de Capital, Valor e Reestruturações

Autores

Nome
1 - Marines Lucia Boff
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - UDESC Ibirama
2 - Tarcísio Pedro da Silva
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Professor Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis
3 - Moacir Manoel Rodrigues Junior
UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB) - Programa de Pós Graduação em Ciências Contábeis
4 - DIEGO LEMOS DA SILVA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE (FURG) - Rio Grande
5 - Débora Gomes de Gomes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE (FURG) - PPGCont ICEAC

Reumo

Estudos indicam que os saldos em caixa são valiosos para os acionistas (Mikkelson & Partch, 2003), mas que o excesso de caixa leva à redução de valor da empresa (Almeida et al., 2014), enquanto que a velocidade de ajuste do caixa (CH-SOA) aumenta o valor da empresa (Anderson & Hamadi, 2016; Jiang & Lie, 2016, Cahyono, Hanafi, & Setiyono, 2019a; Orlova & Rao, 2018; Venkiteshwaran, 2011). Portanto, evidências sinalizam que as participações corporativas em caixa e a velocidade de ajuste do caixa têm o potencial de aumentar ou reduzir o valor de mercado da empresa (Huang, Guo, Ma, & Zhang, 2015).
Subjacente à crescente literatura seguida de Opler et al., (1999), o caixa e a CH-SOA são relevantes para o valor de mercado das empresas, uma vez que, estudos indicam que ações de empresas de baixa capitalização tendem a apresentar retornos superiores às ações de empresas de alta capitalização (Holloway et al., 2013; Romaro, 2000). Objetiva-se analisar o efeito da CH-SOA no valor de mercado de empresas com diferentes níveis de capitalização. Espera-se que o efeito da CH-SOA no valor de mercado seja intensificado (atenuado) nas empresas menos (mais) capitalizadas na B3.
Devido à ineficiência do mercado, o caixa cria valor quando a empresa se adapta mais rapidamente às mudanças (Faulkender & Wang, 2006) e, portanto, a velocidade que a empresa ajusta o desvio do caixa-alvo é relevante para o valor de mercado (Shipe, 2015). As empresas definem um nível de caixa-alvo, ao passo que os custos de ajuste e de não ajuste afetam a velocidade que elas ajustam os desníveis do alvo (Orlova & Rao, 2018). A tensão entre os benefícios e os custos do caixa levanta a questão sob que ou quais circunstâncias esses recursos impulsionam o valor da empresa (Jung et al., 2019).
Os dados foram coletados na base Thomson no período de 2009 (pós crise econômica mundial) até 2019, limite de dados disponíveis. A amostra compreendeu empresas Small Caps e Big Caps da Brasil Bolsa Balcão (B3). Antes de calcular a CH-SOA, estimou-se o caixa-alvo por meio de um conjunto de fatores da empresa, reconhecidos na literatura como determinantes específicos do caixa (Bates et al., 2009; Opler et al., 1999). Procedeu-se a estatística descritiva da média, desvio-padrão e quartis das variáveis determinantes do caixa, assim como, matriz de correlação e análises das regressões OLS.
Apesar da variação dos níveis de caixa entre as empresas, a média é de 0,143 (14,3%), indicando que as empresas detêm uma parcela considerável do ativo total em caixa. Os resultados da matriz de correlação corroboram com a literatura de que a CH-SOA é maior quando as empresas fazem investimentos, pagam dividendos e são alavancadas. O coeficiente do caixa-alvo é significativo e positivo, indicando que existe um nível de caixa-alvo nas empresas deste estudo. Além disso, verifica-se que, à medida que aumenta o valor de mercado, as empresas aumentam suas reservas de caixa.
Constatou-se que a CH-SOA e o valor de mercado estão associados positiva e significativamente, não rejeitando a primeira hipótese do estudo (H_1). Os resultados apoiam a H_1a, de que as empresas menos capitalizadas (Small Caps) intensificam a influência da CH-SOA no valor de mercado. Ademais, os resultados mostram que os coeficientes de 〖BIG〗_CAP×CHSOA_(i,t) são significativamente negativos, sugerindo que as BigCaps (empresas mais capitalizadas) atenuam a associação positiva e significativa entre a CH-SOA e valor de mercado em apoio a H_1b.
Bates, T. W., Kahle, K. M., & Stulz, R. M. (2009). Why do U.S. firms hold so much more cash than they used to? The Journal of Finance, 64, 1985–2021. Dittmar A., & Duchin, R. (2010). Dynamic of cash. Working Paper. University of Michigan. Jiang, Z. & Lie, E. (2016). Cash holding adjustments and managerial entrenchment. Journal of Corporate Finance, 36, 190–205. Opler, T., Pinkowitz, L., Stulz, R., & Williamson, R. (1999). The determinants and implications of cash holdings. Journal of Financial Economics, 52, 3-46. Orlova, S.V. & Rao, R.P. (2018). Cash holdings speed of adjustment. Internationa