Resumo

Este artigo tem por objetivo identificar a percepção de segurança dos moradores dos bairros que compõem a Área Integrada de Segurança Pública Tancredo Neves. Trata-se de uma pesquisa interinstitucional, formada por professores, pesquisadores e alunos da UFBA, UNEB e UEFS, denominada Qualidade do Ambiente Urbano de Salvador, que tem por objetivo difundir conhecimento sobre a realidade urbano-ambiental da cidade do Salvador, na escala bairro.

Este trabalho possui como objetivo geral responder a seguinte investigação: Qual a percepção de segurança dos moradores dos bairros que compõem a AISP de Tancredo Neves localizada no miolo da cidade? Por objetivos específicos busca-se: caracterizar a(s) política(s) pública(s) que viabiliza(m) o direcionamento da segurança pública no município estudado; identificar quais os bairros que compõe a AISP Tancredo Neves; e analisar os indicadores de criminalidade da Secretaria de Segurança Pública, comparando-os com as diferentes percepções de segurança dos moradores.

A fundamentação teórica aborda a urbanização e segurança. Apresenta a segurança pública e as suas contribuições para uma reflexão sobre a gestão pública no contexto urbano.

A abordagem aqui adotada é qualitativa. Para explicar ou ajudar na compreensão do fenômeno, optou-se pela pesquisa descritiva, pois nessa tipologia o investigador vai, segundo Minayo (2011), propondo um novo discurso interpretativo, o que buscou-se realizar no presente artigo. Desta forma, esta pesquisa tem a intenção de descrever uma realidade da AISP em estudo, além de registrar, analisar e correlacionar fatos ou fenômenos sem manipulá-los (CERVO E BREVIAN, 2006).

Foram analisados três aspectos relativos a segurança pública no contexto urbano - a percepção de segurança, os indicadores de CVP e CVLI e os aspectos ou fatores que trariam mais segurança para a localidade.

Os resultados apontam que a AISP estudada por está localizada no vetor de crescimento denominado miolo, possui altos índices de criminalidade o que afeta a percepção de segurança dos moradores do local.

GRAHAM, S. Cidade sitiadas: o novo urbanismo militar; tradução Alyne Azuma. São Paulo: Boitempo, 2016. GEHL, J. Cidades para pessoas; tradução Anita Di Marco. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 2015. SOARES, Luiz Eduardo. Desmilitarizar: segurança pública e direitos humanos. São Paulo: Boitempo Editorial, 2019.