Resumo

Título do Artigo

EMPREENDEDORISMO CULTURAL E TEATRO DE GRUPO NA ECONOMIA CRIATIVA: UMA REVISÃO SISTEMÁTICA DE LITERATURA
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho

Palavras Chave

Empreendedorismo Cultural
Economia Criativa
Teatro de Grupo

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Social

Autores

Nome
1 - Wellington Gonçalves de Castro
Centro Universitário Unihorizontes - MG - Santo Agostinho
2 - Helena Belintani Shigaki
Centro Universitário UNIHORIZONTES - Programa de Pós-Graduação em Administração

Reumo

A sociedade preza pelo consumo de entretenimento das mais diversas formas. No campo das organizações sociais, o teatro dialoga com diversos agentes culturais para se manter e a predisposição de apoio na gestão e financiamento de propostas tem fundamento na criação e na manutenção de valores econômico e simbólico do palco cultural. Esse contexto apresenta as dimensões do empreendedorismo cultural e economia criativa, que possibilitam entender se a geração de valor simbólico se traduz em lucro para os envolvidos, se o lucro movimenta a economia e se o resultado é relevante na economia.
Este artigo se propôs a realizar uma Revisão Sistemática de Literatura sobre empreendedorismo cultural de grupos de teatro no campo da economia criativa. A pesquisa, com zelo pelas diretrizes desta metodologia, foi realizada nas bases de consulta SPELL, SCIELO, SCOPUS e ANPAD, na tentativa de observar as publicações no Brasil. Foram estabelecidos critérios de inclusão e exclusão de resultados, que obedeceram, processualmente, as áreas de interesse concernentes e limítrofes às ciências sociais aplicadas, para a análise de título, de resumo e de texto na íntegra.
O referencial teórico que consubstancia este artigo pautou-se em três teorias: Economia criativa, Empreendedorismo cultural e, Teatro de grupo. A sintetização do conceito de economia criativa pode ser percebida como um conjunto de atividades econômicas, que relaciona produção e distribuição de bens e serviços baseados na criatividade e habilidade dos indivíduos/grupos como primeiros elementos. Empreendedorismo cultural foi aqui entendido como sendo formado para criar e manter o empreendedorismo na área da cultura, trabalhada no Teatro de grupo para estabelecer uma identidade como elemento.
A partir dos critérios de inclusão e exclusão e diretrizes do modelo adotado, a análise foi composta por 12 de 366 artigos. As publicações analisadas apresentam abordagens de análise aprofundada e ampla, compostas, majoritariamente por estudos qualitativos. Discutiu-se, ainda, os tipos de publicações, fontes, autoria e linhas teóricas, subdivididas em: principais (teatro, criatividade, fomento à cultura, economia e indústria criativa), adjacentes (trabalho, objetivos organizacionais, cadeia de valores das artes) e diapasões (identidade, neoliberalismo, governamental, comportamento de doadores)
Ainda que haja considerável produção nos campos da economia e indústria criativas, os maiores expoentes dessas produções estão mais relacionados às dimensões da inovação, sustentabilidade e inclusão social que à diversidade cultural, na qual estão incluídas as artes cênicas, a música, o patrimônio. Dois pontos comuns identificados nas publicações tratam: da precariedade nas condições de sobrevivência dos grupos de teatro e dos profissionais que os compõem, e; da quase total dependência dos grupos pelo estado para financiamento de projetos artísticos, através de leis de incentivo.
CASTRO, F.G.; FIGUEIREDO, L.E. A economia criativa como proposta de valor nos modelos de negócio. Navus, v.6, n.3, 111-122, 2016. DAVEL, E.P.B.; CORÁ, M.A.J. Empreendedorismo cultural: cultura como discurso, criação e consumo simbólico. Políticas Culturais em Revista., v.9, n.1, 363-397, 2016. GALLOWAY, S.; DUNLOP, S. A critique of definitions of the cultural and creative industries in public policy. International Journal of Cultural Policy, v.13, n.1, 17-31, 2007. VALE, G.M.V. Empreendedor: origens, concepções teóricas, dispersão e integração. RAC, v.18, n.6, 874-891,2014.