Resumo

Título do Artigo

PARCERIA ENTRE GRANDES EMPRESAS E STARTUPS QUE PARTICIPAM DE ACELERADORAS CORPORATIVAS: BENEFÍCIOS E DESVANTAGENS PARA AS STARTUPS
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Palavras Chave

Relacionamento Interorganizacional
Aceleradora Corporativa
Capacidade de absorção

Área

Empreendedorismo

Tema

Empreendedorismo Inovador: Startups, Empresas de Base Tecnológica, Incubadoras e Parques Tecnológicos, Capital de Risco

Autores

Nome
1 - Mayara Kasai Yoshiyassu
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Departamento de Administração
2 - Alexandre Rodrigues Cajuela
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto
3 - Bruna Toffoli Affonso
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Ribeirão Preto
4 - SIMONE VASCONCELOS RIBEIRO GALINA
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - FEA-RP

Reumo

As grandes empresas têm buscado se aproximar de startups por meio das aceleradoras corporativas, que são programas apoiados por grandes empresas, com duração limitada, que dão suporte a conjuntos de startups durante o seu processo de desenvolvimento. Baseando-se na classificação de CRIȘAN et al. (2019), é possível dividir as aceleradoras corporativas brasileiras em espaços de inovação e programas estruturados de inovação. Estes fornecem mais serviços e maior apoio por parte das grandes empresas, enquanto aqueles oferecem principalmente o espaço físico e serviços limitados.
Por ser um formato de relacionamento recente, há poucos estudos sobre os resultados das aceleradoras corporativas para as startups participantes. O objetivo desse trabalho é avaliar se as startups dos espaços de inovação e as dos programas estruturados de inovação têm percepções diferentes quanto aos benefícios de capacidade de absorção decorrentes do relacionamento com a grande empresa. Além disso, outro objetivo é descrever as desvantagens dessa parceria.
De acordo com Pavlou e El Sawy (2006), os benefícios para as startups em relação à capacidade de absorção estão relacionados à aquisição de novos conhecimentos, estabelecimento de rotinas eficazes de comunicação com a grande empresa, aplicação dos novos conhecimentos adquiridos e utilização destes no desenvolvimento de novos produtos e serviços ou na melhoria do desempenho da startup. Por outro lado, Barringer e Harrison (2000) elencaram oito desvantagens potenciais das relações interorganizacionais, que podem ser observadas também entre grandes empresas e startups.
A pesquisa é quantitativa e descritiva, com método de levantamento do tipo survey, que contou com escalas tipo Likert. Foram mapeadas as startups de 10 aceleradoras corporativas brasileiras, sendo estas 8 programas estruturados de inovação e 2 espaços de inovação. O número de startups respondentes foi 57, diante da amostra de 243. Do total de 57 respondentes, 22 eram dos espaços de inovação e 35, dos programas estruturados de inovação. A análise foi feita por gráficos boxplot, mediana e moda.
Os resultados mostraram que a participação das startups em aceleradoras corporativas gera uma aprendizagem organizacional benéfica mesmo nos espaços de inovação, que oferecem menos serviços de suporte. Entretanto, foi possível observar que os programas estruturados de inovação promovem maior capacidade de absorção, principalmente quanto à aplicação e utilização de conhecimento. Já em relação às desvantagens, a mais destacada foi a complexidade de gestão, o que demonstra que, na relação com uma grande empresa, destacam-se a burocracia e os atrasos na tomada de decisão.
Conclui-se que o fornecimento de maior apoio oferecido às startups em programas estruturados de inovação resultam em maiores benefícios relacionados à capacidade de absorção, principalmente a aplicação e utilização de conhecimento. Portanto, do ponto de vista de desenvolvimento das capacidades nas startups, é importante que os programas estruturados de aceleração sejam incentivados.
BARRINGER, B. R.; HARRISON, J. S. Walking a tightrope: creating value through interorganizational relationships. Journal of Management, v. 26, n. 3, p. 367-403, 2000. CRIȘAN, E. L. et al. A systematic literature review on accelerators. The Journal of Technology Transfer, p. 1-28, 2019. PAVLOU, P. A.; EL SAWY, O. A. From IT leveraging competence to competitive advantage in turbulent environments: the case of new product development. Information Systems Research, v. 17, n. 3, p. 198-227, 2006.