Resumo

Título do Artigo

PARADOXO DA INDEPENDÊNCIA/DEPENDÊNCIA NO USO DE TIMS EM UMA INSTITUIÇÃO FINANCEIRA: EVIDÊNCIAS E ESTRATÉGIAS DURANTE O DISTANCIAMENTO SOCIAL DA PANDEMIA DO COVID-19
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Palavras Chave

Covid-19
Independência/Dependência
Paradoxos da tecnologia

Área

Tecnologia da Informação

Tema

Ferramentas de TIC na Gestão de Negócios em Tempos de Crises como a COVID-19

Autores

Nome
1 - Josiane Piva Testolin da Silva Caraffini
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Escola de Administração
2 - Letícia Silva Araújo
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Escola de Administração
3 - Ariel Behr
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Faculdade de Ciências Econômicas - FCE
4 - Kathiane Benedetti Corso
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA - UNIPAMPA (UNIPAMPA) - Santana do Livramento
5 - Carla Bonato Marcolin
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Gestão e Negócios (FAGEN)

Reumo

Ao mesmo tempo que o uso das tecnologias móveis pode trazer melhorias para o trabalho, como a acessibilidade, o seu uso pode causar efeitos opostos, como a necessidade de se estar sempre conectado e disponível, independentemente do horário de trabalho. Com isso, para os usuários das tecnologias móveis, esta experiência de uso torna-se paradoxal, pois pode contribuir em termos de comunicação e conectividade, mas também podem provocar a dependência dos usuários (Borges & Joia, 2015; Oliveira, Costa, Baptista, & Rocha, 2015).
Quais evidências e estratégias de gerenciamento do paradoxo da Independência/ Dependência no contexto de uso das tecnologias móveis por profissionais de uma instituição financeira durante o distanciamento social em consequência do COVID-19? Para responder o questionamento o objetivo deste estudo é analisar quais evidências e estratégias de gerenciamento do paradoxo da Independência/Dependência no contexto de uso das tecnologias móveis por profissionais de uma instituição financeira durante o distanciamento social em consequência do COVID-19.
O paradoxo foco deste estudo, da Independência/Dependência, foi evidenciado na pesquisa de Jarvenpaa e Lang (2005). Segundo as autoras, este paradoxo poderia ser entendido como um caso especial do paradoxo da Liberdade/Escravidão, contudo, entre os entrevistados, este conflito ganhou destaque por sua relevância. O paradoxo da Independência/Dependência emerge da liberdade percebida pelo usuário, devido à mobilidade, de poder conectar-se independentemente do local e do tempo; ao mesmo tempo que essa capacidade gera uma dependência em estar sempre conectado (Jarvenpaa & Lang, 2005).
Para atingir o objetivo proposto nesta pesquisa, foi adotada uma abordagem qualitativa e descritiva. Para a coleta de dados foram realizadas doze entrevistas semiestruturadas com três gestores e nove colaboradores. A análise das entrevistas foi realizada em duas fases. A primeira fase consistiu em identificar os principais assuntos presentes no conjunto de entrevistas através da técnica de modelagem de tópicos (topic modelling). Para a segunda fase, utilizou-se a técnica de análise de conteúdo categorial, com apoio do software Nvivo12.
Os dados foram analisados utilizando-se a LDA e a análise de conteúdo. Primeiramente foram analisados os tópicos, na sequência foram analisadas as características do contexto móvel de uso. Depois disso foram analisadas as manifestações do paradoxo, as estratégias de gerenciamento adotadas, bem como traçado um comparativo nos diferentes perfis da amostra.
Este estudo atingiu seu objetivo pois apresentou diversas evidências dos comportamentos que manifestam a existência do paradoxo Independência/Dependência corroborando com a pesquisa de Jarvenpaa e Lang (2005), principalmente quanto a liberdade proporcionada pela possibilidade de trabalho independentemente do local, confrontando com o desconforto sentido por não estar conectado. Também foram observadas diferentes estratégias de gerenciamento desse paradoxo, destacando-se o uso de estratégias de resistência.
Borges, A. P. & Joia, L. A. (2015). Paradoxes perception and smartphone use by Brazilian executives: Is this genderless? The Journal of High Technology Management Research, 26(2), 205-218. Jarvenpaa, S. L., & Lang, K. R. (2005). Managing the paradoxes of mobile technology. Information Systems Management, 22(4), 7-23. Oliveira, L. B., Costa, E. G., Baptista, E. A., & Rocha, J. T. (2015). Os Efeitos da Tecnologia Móvel sobre a Qualidade de Vida no Trabalho. Revista Gestão & Tecnologia, 15(2), 161-185.