Resumo

Título do Artigo

ATITUDES SOCIAIS DOS DISCENTES DE ADMINISTRAÇÃO EM RELAÇÃO À INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA NA UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
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Palavras Chave

Alunos com Deficiência
Atitudes Sociais
Inclusão em Administração

Área

Ensino e Pesquisa em Administração

Tema

Ambientes de ensino-aprendizagem

Autores

Nome
1 - Rayla dos Santos Oliveira Dias
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) - FACC
2 - Monica Zaidan Gomes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) - FACC
3 - José Augusto Veiga da Costa Marques
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO (UFRJ) - FACC
4 - José Ricardo Maia de Siqueira
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE (UFF) - ICHS

Reumo

Ao ingressar no ensino superior, o sucesso dos alunos com deficiência não depende apenas dos seus próprios esforços, a facilidade de acesso físico às instalações, ou serviços de suporte disponíveis nos campi. O seu sucesso também depende das atitudes do corpo docente e discente em relação às pessoas com deficiência (EDNA, 2016). A mensuração de atitudes fornece aos diretores das instituições a oportunidade de determinar as atitudes predominantes, em relação à deficiência e, usar essas informações, para projetar e implementar ações educacionais e informativas apropriadas (MARTÍN; ARREGUI,2013).
Qual o grau de favorabilidade das atitudes sociais dos discentes de Administração, em relação à inclusão de alunos com deficiência, na Faculdade de Administração e Ciências Contábeis de UFRJ? As variáveis idade, tempo de permanência na UFRJ, experiência com PCD e classificação econômica influenciam o grau de favorabilidade das atitudes sociais dos alunos, em relação à inclusão? O objetivo foi analisar e mensurar o grau de favorabilidade das atitudes sociais dos discentes de Administração em relação à inclusão de alunos com deficiência na FACC - UFRJ.
A inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho apresenta múltiplas dificuldades. Diversos estudos têm surgido um problema recorrente, mesmo quando este não é o foco principal da pesquisa, que são as barreiras atitudinais (CAMPOS et. al. 2013; MIRANDA; CARVALHO, 2016; SÁ et al., 2017). Trata-se de uma questão extensiva também à realidade acadêmica (BORGES ET AL. 2017). Considera-se como atitude o estado mental ou neural organizado através da experiência, carregada de emoção que predispõe uma classe de ações em determinada classe de situações sociais (ALLPORT, 1935; ANTONAK, 1988).
O instrumento de coleta foi o questionário com a Escala Likert de Atitudes Sociais em relação à Inclusão (ELASI), elaborada pelo Grupo de Pesquisa Diferença, Desvio e Estigma, da UNESP (OMOTE,2005). A coleta de dados ocorreu no período letivo de 2018.2 na UFRJ (Praia Vermelha), junto aos alunos do curso de Administração. A amostra final foi de 263 questionários válidos. A análise qualitativa foi realizada, principalmente, a partir de sites da instituição e contato com órgãos e diretorias internas. E a análise quantitativa, adotou-se testes não-paramétricos.
Os alunos apresentaram atitudes sociais favoráveis à inclusão de alunos com deficiência, entretanto a variável idade e tempo de permanência na instituição não foram significativas. A variável experiência com PCD foi estatisticamente significativa, ou seja, a experiência com PCD influencia positivamente as atitudes sociais dos alunos de Administração, entretanto o tipo de experiência não apresentou diferença significativa. E por fim, a classificação econômica não se confirmou como uma variável que tenha influenciado às atitudes sociais dos alunos.
Os alunos apresentaram atitudes sociais com elevado grau de favorabilidade à inclusão de alunos com deficiência na FACC, e alunos com experiência com PCD apresentaram atitudes mais favoráveis à inclusão. Os resultados encontrados confirmam achados da literatura em determinados aspectos, mas são divergentes em outros, o que sugere que as atitudes sociais em relação à inclusão, podem estar relacionadas a diversos fatores e não apenas a uma variável especificamente. Percebe-se a importância de entender que as atitudes sociais não dependem apenas da atuação isolada para serem modificadas.
ANTONAK, R. F. Development and psychometric analysis of the Scale of Attitudes Toward Disabled Persons. Durham, NH: University of New Hampshire, 1981. EDNA, Z. Attitudes towards Student with Disabilities in Higher Education, is there any Change?The European Proceedings of Social & Behavioural Sciences, 2016. MARTÍN, A. R.; ARREGUI, E. Á. Development and validation of a scale to identify attitudes towards disability in Higher Education. Psicothema, 2013. OMOTE, S. A Construção de uma Escala de Atitudes Sociais em Relação à Inclusão.Rev. Brasileira de Educação Especial, 2005.