Resumo

Título do Artigo

CARACTERIZAÇÃO DAS ESTRATÉGIAS DE DIVERSIFICAÇÃO EM COOPERATIVAS AGROPECUÁRIAS
Abrir Arquivo
Ver apresentação do trabalho
Assistir a sessão completa

Palavras Chave

Estratégia de diversificação
Cooperativa Agropecuária
Agronegócio

Área

Agribusiness

Tema

COVID-19 no Agro

Autores

Nome
1 - Jheine Oliveira Bessa Franco
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ (UEM) - PPA

Reumo

Cooperativas agropecuárias incorporam estratégias de diversificação em resposta a contextos econômico, financeiro e político. Por sua relevância econômica e social, são vitais para organização da produção e coordenação de Sistemas Agroindustriais, exercendo liderança nos sistemas agrícolas globais (ZYLBERSZTAJN; NEVES; CALEMAN, 2015). Diferente de empresas privadas, elas possuem particularidades na formulação de estratégias (PANZUTTI, 1999), com igualdade de direitos e distribuição dos resultados, sem objetivo de lucro e atuação é voltada a promover desenvolvimento social e renda ao produtor.
Apesar de sua importância e particularidades, que as distingue de empresas privadas e outras cooperativas do mundo, há poucos estudos sobre diversificação em cooperativas (HENDRIKSE; OIJEN, 2004). Assim, o objetivo foi caracterizar a estratégia de diversificação em cooperativas agropecuárias brasileiras a partir das razões e resultados de sua adoção.
Uma empresa é diversificada quando atua simultaneamente em vários negócios ou com produtos diferentes (PITTS; HOPKINS, 1982). Razões para isso, envolvem: poder de mercado; teoria da agência; teoria dos recursos; teoria da contingência e a redução de custo, (HENDRIKSE E OIJEN, 2004). A estratégia de diversificação é tipificada em: concêntrica, vertical e conglomerada. Em cooperativas agropecuárias fatores internos que as distingue das demais empresas, representam expressiva influência na alternativa estratégica de diversificar (COOK, 1995; FERREIRA, 2002; HENDRIKSE; OIJEN, 2004).
Razões da diversificação: atendimento a necessidade dos associados; atrair novos associados; redução dos riscos; respostas às necessidades da comunidade; sustentabilidade na agricultura; para desenvolver outras estratégias; para melhores resultados financeiros e como sobrevivência organizacional. Como resultados: diversificação concêntrica; participação social e econômica do associado aumento e compartilhamento de sobras com associados; novas demandas de serviços; não enfraquecimento dos princípios da cooperativa; não relação diversificação desempenho; maior qualidade e capacidade operacional
Os incentivos para diversificar são tanto de fatores externos como internos da cooperativa, que buscam focar suas estratégias, no atendimento dos associados. Tais demandas estão ligadas a diversos fatores como, maior renda, menor risco da monoatividade na propriedade, e no caso do aumento de novos associados, a sobrevivência da própria cooperativa, já que a infidelidade é um problema constante para elas. Apesar disso, há de se observar a divergência de interesses entre os associados, o que pode levar a manutenção de atividades de apenas alguns associados, ou mesmo a saída de outros.
COOK, M. L. The Future of U.S. Agricultural Cooperatives A Neo-Institutional Approach. American Journal of Agricultural Economics, v.77, n.5, p.1153–1159, 1995 HENDRIKSE, G. Restructuring Agricultural Cooperatives. Rotterdam: Erasmus University, 2004. p.51–64 PANZUTTI, R. O Caráter da Agroindustria Cooperativa e suas Especificidades. Pensamento & Realidade, v.5, p.54–78, 1999 PITTS, R.; HOPKINS, H. Firm Diversity Conceptualization and Measurement. The Academy of Management Review, v.7, n.4, p.620, 1982 ZYLBERSZTAJN, D.; NEVES, M.; CALEMAN, S. Gestão de sistemas de agronegócios. SP: Atlas, 2015