Resumo

Título do Artigo

EGRESSOS DO CURSO DE PEDAGOGIA NO BRASIL: UMA ANÁLISE DA INSERÇÃO PROFISSIONAL E DA MOBILIDADE SOCIAL A PARTIR DE MARCADORES SOCIAIS DE DIFERENÇA
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Palavras Chave

Inserção Profissional
Egressos
Marcadores Sociais

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Carreiras e Competências

Autores

Nome
1 - Arthur Gehrke Martins Andrade
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Escola de Administração
2 - Alexandre Dal Molin Wissmann
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - PPGA/EA
3 - Jhony Pereira Moraes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - Escola de Administração
4 - Jair Jeremias Junior
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL (UFRGS) - PPGA

Reumo

Os processos de inserção no mercado de trabalho são diversos, inclusive dentro de um mesmo grupo juvenil, sendo vinculados aos valores familiares sobre o trabalho, a formação, experiências e expectativas profissionais (ROCHA-DE-OLIVEIRA; PICCININI, 2012). Segundo Barros (2010), as diferenças entre gerações e a trajetória familiar constituem fatores fundamentais na compreensão da transição dos jovens para a vida adulta e da mobilidade de classe muitas vezes envolvida nesse processo.
Analisar a inserção profissional e a mobilidade social de egressos dos cursos de Pedagogia no Brasil tendo como ponto fulcral os marcadores sociais de gênero, raça e classe.
O trabalho sustenta-se em dois aportes teóricos, o primeiro refere-se a inserção profissional, concepção que busca englobar todas as entradas e saídas do mercado de trabalho ao longo da vida da pessoa e entendida como um processo, individual e coletivo, histórico e social (ROCHA-DE-OLIVEIRA; PICCININI, 2012). A segunda concepção versa sobre a mobilidade social, entendida como fluxo entre classes sociais e definida em termos das relações sociais nas quais os indivíduos estão envolvidos nos mercados e em suas relações de trabalho (VOLKMER-MARTINS; ROCHA-DE-OLIVEIRA; SCHERDIEN, 2017).
Foi realizada uma pesquisa quantitativa descritiva, de corte transversal, através de uma survey com 550 egressos dos cursos de Pedagogia no Brasil. Os egressos participantes estão distribuídos da seguinte maneira entre as regiões do país: 77 (Sul); 277 (Sudeste); 45 (Centro-Oeste); 88 (Nordeste); 62 (Norte).
Os dados obtidos corroboram com a afirmação de Picanço (2016, p. 125), na qual a autora constata que “a dedicação exclusiva ao estudo é para poucos”. Entretanto, ao considerarmos aqueles que conjugam estudo com trabalho ou, ainda, com a procura de emprego, é possível perceber que os jovens estão estudando e grupos constituídos por mulheres negras têm tirado proveito dessa tendência, mesmo com todas as dificuldades envolvidas nesse arranjo entre estudar e trabalhar, o qual envolve questões ligadas à disponibilidade de recursos financeiros e ao apoios de diversas ordens.
Estudantes de classe socioeconômica baixa e alta possuem diferentes hábitos e capitais culturais e o fato de frequentarem a mesma universidade não indica, necessariamente, que ambos estudantes de classes diferentes irão passar para um mesmo nível social e econômico. Embora os alunos de baixa classe social ascendam com um curso superior se comparados aos seus pais, alunos que possuem origens econômicas mais favoráveis continuam a ter maior número de vantagens.
BARROS, M. M. L. Trajetórias de Jovens Adultos: ciclo de vida e mobilidade social. Horizontes Antropológicos, v. 16, n. 34, jul./dez. 2010, p. 71-92. ROCHA-DE-OLIVEIRA, S.; PICCININI, V. C. Contribuições das abordagens francesas para o estudo da inserção profissional. Revista Brasileira de Orientação Profissional, v. 13, n. 1, 2012a, p. 63-73. VOLKMER-MARTINS, B.; ROCHA-DE-OLIVEIRA, S.; SCHERDIEN, C. Uma Proposta Teórico-Metodológica para Mensuração da Mobilidade Social Intergeracional nos Estudos Brasileiros. In: ENCONTRO DE GESTÃO DE PESSOAS E RELAÇÕES DE TRABALHO DA ANPAD, 6.,2017, Curitiba