Resumo

Título do Artigo

A PERCEPÇÃO DOS LÍDERES SOBRE A POTENCIALIDADE DE GERAR INTRAEMPREENDEDORISMO EM BANCOS PÚBLICOS DO RIO GRANDE DO SUL
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Palavras Chave

Intraempeendedorismo
Liderança
Setor Bancário

Área

Gestão de Pessoas

Tema

Temas Emergentes e Modismos em Gestão de Pessoas

Autores

Nome
1 - Gabriela Souza Pezzi
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - Porto Alegre/RS
2 - Patricia Martins Fagundes Cabral
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - PPG Gestão e Negócios
3 - José Carlos da Silva Freitas Junior
UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS (UNISINOS) - Escola de Gestão e Negócios

Reumo

A singularidade do momento econômico atual é de crescimento e valorização da inovação, caracterizada pela experimentação com novos modelos de negócio. Nesse contexto, o empreendedorismo corporativo ou intraempreendedorismo tem sido cada vez mais reconhecido como um caminho legítimo para altos níveis de desempenho organizacional (IRELAND; COVIN; KURATKO, 2009; MORRIS; KURATKO; COVIN, 2011). Considerando estes desafios organizacionais, a presente pesquisa se justifica como uma alternativa para a sustentação da vantagem competitiva também no setor bancário.
Frente ao cenário de exigências para que as organizações se mantenham competitivas, o intraempreendedorismo surge como uma resposta às estruturas de mercado em mudança. Este estudo busca compreender este campo a partir da seguinte questão de pesquisa: Qual a percepção dos líderes sobre as práticas organizacionais em bancos públicos do RS que geram o desenvolvimento de um ambiente intraempreendedor? Objetivo da pesquisa, portanto, é analisar a percepção dos líderes sobre as práticas organizacionais em bancos públicos do RS que geram o desenvolvimento de um ambiente intraempreendedor.
O intraempreendedorismo visa facilitar os esforços das empresas que buscam inovar constantemente, a partir da identificação e desenvolvimento de oportunidades. Sua prática ocorre por diferentes dimensões organizacionais, a partir de uma estrutura em que as ideias dos funcionários sejam apoiadas e reconhecidas (HORNSBY et al., 2009). No setor bancário, o intraempreendedorismo possui relevância frente ao desafio de se reinventar para atender, através de soluções práticas e conexões diretas a conveniência em produtos e serviços facilmente acessíveis.
A pesquisa, de abordagem quantitativa e qualitativa, contou com 233 participantes, líderes de bancos públicos no sul do Brasil, e uma entrevista realizada com uma gestora em educação corporativa. Foi utilizado um Instrumento de Avaliação do Empreendedorismo Corporativo - CEAI (KURATKO; HORNSBY; COVIN, 2014), complementado com questões abertas. Os dados quantitativos foram tratados pela análise da estatística descritiva e inferencial, já os qualitativos por meio de Análise de Conteúdo. Em relação às condições éticas do estudo, atende-se à Resolução 510/2016, aprovada por Comitê de Ética.
A análise dos resultados quantitativos demostrou que a dimensões Recompensa/Reforço e Discrição no trabalho possuem maior aderência às características necessárias para o desenvolvimento organizacional intraempreendedor, enquanto a dimensão Apoio a gestão obteve resultados medianos. As maiores oportunidades estão relacionadas à disponibilidade de tempo e aos limites organizacionais. A análise dos resultados qualitativos apresentou subcategorias que ampliaram a compreensão das ações que potencializam e dificultam o intraempreendedorismo na prática organizacional.
Os líderes reconhecem que as práticas das dimensões recompensas/ reforços e discrição no trabalho são propícios no ambiente organizacional para a atividade intraempreendedora, com oportunidades de diversificar os incentivos de longo prazo e flexibilizar a dinâmica do setor. O Apoio da gestão é visto como uma prática existente. Contudo, não pode ser considerada como um aspecto diferenciador. A união do investimento em capacitação com o desenvolvimento de espaços organizacionais, pode gerar valor ao negócio e a satisfação das necessidades dos profissionais intraempreendedores em suas equipes.
Hornsby, J. S., Kuratko, D. F. , Sheperd, D. A. & Bott, J. P. (2009). Managers’ corporate entrepreneurial actions: Examining perception and position (v. 24, n. 3, p. 236–247). Journal of Business Venturing. Ireland, R. D., Covin, J. G. & Kuratko, D. F. (2009). Conceptualizing Corporate Entrepreneurship Strategy (v. 33, n. 1, p. 19–46). Entrepreneurship Theory and Practice. Kuratko, D. F., Hornsby, J. S. & Covin, J. G. (2014). Diagnosing a firm’s internal environment for corporate entrepreneurship (v. 57, n. 1, p. 37–47). Business Horizons. Morris, M. H., Kuratko, D. F. & Covin, J. G. (2011).