Resumo

Título do Artigo

A DIMENSÃO DA PRODUÇÃO CIENTÍFICA SOBRE NUDGE: UM ESTUDO BIBLIOMÉTRICO
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Palavras Chave

nudge
bibliometria
politicas públicas

Área

Gestão da Inovação

Tema

Políticas, Estratégias, Instituições e Internacionalização da Inovação

Autores

Nome
1 - Jonas Ribeiro da Silva
Instituto Federal de Ciência e Tecnologia do Estado de São Paulo - IFSP - Caraguatatuba
2 - Bruno Giovanni Mazzola
Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo - FEA - São Paulo

Reumo

Nudge é um tipo de governança que utiliza a construção de julgamentos como ferramenta para influenciar a decisão das pessoas em um cenário de múltiplas alternativas. Tem suas bases teóricas nos estudos sobre economia comportamental nos anos 1950, mas a discussão sobre o assunto ganhou espaço em 2008, quando foi publicado um livro sobre o tema. O uso deste tipo de governança por parte do setor público já é uma realidade em alguns países, mas como toda teoria, carece de orientação científica sobre as variáveis da aplicação de tais medidas de modo a nortear sobre o uso do nudge.
Inovações requerem testes empíricos em suas fases de desenvolvimento, e isso é primordial para o empreendimento dos nudges como política pública, sendo necessária a participação das áreas que pesquisam e estudam o comportamento, como a economia comportamental. Assim, a presente pesquisa tem como problemática: qual a dimensão da produção científica no que tange o termo “nudge” cunhado por R. Thaler e C. Sunstein relacionados a economia entre os anos de 2008 e 2019?
O comportamento decisório dos agentes como objeto de estudo nos trabalhos de Amos Tversky e Daniel Kahnemman (1979), só foi possível a partir das teorias behavioristas de Simon (1955). Esta nova perspectiva das relações econômicas à partir da psicologia comportamental, mudou a forma como as relações financeiras e econômicas se dariam no mundo a contar da década de 1960, com as revolucionárias teoria da racionalidade limitada, teoria do prospecto e, mais recentemenre – em 2008 – a teoria de nudge Richard Thaler e Cass Sunstein (2008), que é objeto de estudo desta pesquisa.
Esta pesquisa é de natureza descritiva e abordagem bibliométrica, visando revelar as dimensões estruturais e dinâmicas do conhecimento científico ao mensurar os aspectos bibliográficos das obras. O mapeamento científico das publicações foi feito de modo estatístico por meio da contagem e análise das correlações textuais no microplano, revelando assim o estado da arte do tema. A abordagem metodológica utiliza técnicas desenvolvidas para extrair redes utilizando unidades de análises de co-ocorrência, tais como autor, documentos, periódicos e palavras-chave.
Ao analisar a estrutura de palavras dos textos dos trabalhos, “nudge” e “economia comportamental” tem a maior relação dentre as outras palavras que representam o tema. Nas relações de co-citação por autor, 3 grupos surgiram. R. Thaler, C. Sunstein e D. Kahnemman aparecem em destaque, sendo os principais itens de seus grupos, confirmando as bases teóricas discutidas na pesquisa. Nas relações de co-citação por referencias, os trabalhos dos mesmos autores também aparecem como destaque dentre as pesquisas que compõem a estrutura de conhecimento do tema.
As pesquisas sobre nudge dependeram de estudos sobre comportamento e economia, que serviram como base para descobertas sobre inovações em políticas públicas, como arquitetura de escolhas e paternalismo libertário através do nudge. Para o avanço dos trabalhos sobre nudge foi fundamental a participação dos pesquisadores Richard Thaler e Cass Suntein, bem como Daniel Kahnemman e Amos Tversky. Os trabalhos de Esther Duflo, Michael Kremer, Jonathan Robinson, Dora Costa e Matthew Kahn são citados com grande impacto, pois contribuíram com os avanços no conhecimento científico sobre o tema.
Simon, H. A. (1976). From substantive to procedural rationality. Method and Appraisal in Economics, 129–148. Sunstein, C. R. (2019). Nudging: a very short guide. Business Economics, 54(2), 127–129. https://doi.org/10.1057/s11369-018-00104-5 Tversky, A., & Kahneman, D. (1974). Judgment under Uncertainty: Heuristics and Biases. Science, 185(4157), 1124–1131 Zupic, I., & Čater, T. (2015). Bibliometric Methods in Management and Organization. Organizational Research Methods, 18(3), 429–472. https://doi.org/10.1177/1094428114562629