Resumo

Título do Artigo

DIMENSÕES DE ORIENTAÇÃO EMPREENDEDORA: ESTADO DA ARTE
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Palavras Chave

Orientação empreendedora
Revisão
Dimensões

Área

Empreendedorismo

Tema

A figura do Empreendedor: Perfil, Personalidade, Comportamento e Competências

Autores

Nome
1 - Renan Grijó Búrigo
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas ESAG/UDESC
2 - Nério Amboni
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - Centro de Ciências da Administração e Sócio Economicas ESAG
3 - Paulo Sergio de Moura Bsstos
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - ESAG - CENTRO DE CIÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO E SOCIOECONÔMICAS
4 - Fernando Ramos Lengler
FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE DO ESTADO DE SANTA CATARINA (UDESC) - Centro de Ciências da Administração e Socioeconômicas (ESAG)

Reumo

O estudo do empreendedorismo tornou-se uma tarefa complexa, devido aos diferentes enfoques adotados nos últimos anos. A orientação empreendedora (OE) demonstra a propensão do indivíduo em se envolver em atividades empreendedoras com níveis de inovatividade, risco e proatividade e autonomia e competividade agressiva. A orientação empreendedora é distinta do empreendedorismo e reflete "como" uma organização opera em vez de “O que” faz (LUMPKIN; DESS, 2001; MILLER; LE BRETON-MILLER, 2011).
A avaliação da produção científica de qualquer área de conhecimento permite identificar seu desenvolvimento, produção e impacto sobre a comunidade científica e sociedade em geral. Uma das possibilidades oferecida pela análise da produção científica é a verificação de indícios de facilidade de trabalho integrado, de interdisciplinaridade na produção de conhecimento e na atuação profissional. Desta forma, o artigo tem por objetivo evidenciar o estado da arte das dimensões de OE mais utilizadas numa amostra de artigos publicados em periódicos nacionais e internacionais.
Covin e Slevin (1988) expandiram o trabalho de Miller (1983), quando discutiram diferentes "posturas" que poderiam ser empreendedoras ou conservadoras. Além disso, os autores sugeriram que a OE é um contínuo que variava de conservador para empreendedor e que as organizações poderiam ser posicionadas em qualquer lugar no continuum. Lumpkin e Dess (1996) reconceitualizaram o construto EO. Eles conceituam OE como o processo que leva ao ato de empreendedorismo, ampliando o domínio do conceito com a inclusão de de duas dimensões adicionais (autonomia e agressividade competitiva).
É perceptível um grande salto de publicações no ano de 2019, o que demonstra que o tema tem se consolidado na literatura mundial e possui muita relevância acadêmica e científica. Assim, conforme pesquisa realizada com 127 artigos que utilizaram ou desenvolveram escalas para mensuração de OE, é perceptível o aumento de publicações a partir de 2015, corroborando com os achados nas bases de dados Spell e Scopus. Também, a maior parte das pesquisas analisadas utilizaram 3 ou 5 dimensões, conforme o desenvolvimento teórico de Covin e Slevin (1988) e Lumpkin e Dess (1996), respectivamente.
Mais de 70% da amostra, ou 93 artigos, utilizaram a escala seguindo as 3 dimensões sugeridas por Covin e Slevin (1988), consolidando esta como a principal escala de OE utilizada pela literatura. A escala desenvolvida por Lumpkin e sen (1996), com 5 dimensões, foi utilizada por 31 artigos, o que equivale a praticamente 25% da amostra. A escala de OE pode ser aplicada de diversas formas, a fim de mensurar a OE de estudantes, acadêmicos, gestores, empresas e para diversos outros fins, que colabore com o desenvolvimento do empreendedorismo e da evolução da sociedade, como um todo.
COVIN, J.G.; SLEVIN, D. P. The influence of organization structure on the utility of an entrepreneurial top management style. Journal of Management Studies, v. 25, n. 3, p. 217–234, 1988. LAMPE, J.; KRAFT, P. S.; BAUSCH, A. Mapping the Field of Research on Entrepreneurial Organizations (1937–2016): A Bibliometric Analysis and Research Agenda. Entrepreneurship Theory and Practice, p. 1 -33, 2019. LUMPKIN, G. T.; DESS, G. G. Linking two dimensions of entrepreneurial orientation to firm performance: The moderating role of environment and industry life cycle. Journal of Business Venturing, v. 16,