Resumo

Título do Artigo

INFLUÊNCIA DOS CONTRATOS PSICOLÓGICOS NA GESTÃO E COMPARTILHAMENTO DO CONHECIMENTO EM STARTUPS
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Palavras Chave

Contratos Psicológicos
Gestão e compartilhamento do conhecimento
Startups

Área

Gestão da Inovação

Tema

Gestão do Conhecimento, Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia

Autores

Nome
1 - ROBERTA DUTRA DE ANDRADE
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - CAMPUS DE QUIXADÁ
2 - Emiliano Sousa Pontes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - FEAAC
3 - Bárbara Sampaio de Menezes
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - PPAC
4 - Fabiola Gomes Farias
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - PPGA
5 - GISELE APARECIDA CHAVES ANTENOR
UECE - Universidade Estadual do Ceará - PPGA

Reumo

O estudo é resultado de investigação sobre os contratos psicológicos e a forma como influenciam a gestão e compartilhamento do conhecimento em startups e trata de como o conhecimento é criado e disseminado entre indivíduos, equipes e organizações, a partir de suas percepções acerca do cumprimento ou não de expectativas. Considera-se que: o conhecimento nas é recurso crítico para obter vantagem competitiva; contratos psicológicos são relações de intercâmbio social entre funcionários e empregadores; startups exploram atividades inovadoras, com propostas de modelos de negócios escaláveis.
O objetivo da pesquisa é compreender como os contratos psicológicos interagem com as motivações individuais para compartilhar conhecimentos e como isso afeta o resultado das startups. Para tanto, busca-se responder às seguintes questões: (i) quais os impactos dos contratos psicológicos nas motivações individuais para compartilhar o conhecimento?; (ii) como fatores situacionais com a chefia imediata afetam as interações sociais entre indivíduos, equipes e outras startups? e (iii) como os contratos psicológicos podem afetar o desempenho individual e organizacional nas startups?
A fundamentação teórica discorre sobre o fenômeno das startups e sua importância para economias emergentes, uma vez que são fonte de inovação geradas a partir da identificação da necessidade de desenvolver produtos em mercados-alvo de alto potencial. Apresenta-se o conceito de contratos psicológicos, que se traduzem em obrigações e expectativas existentes na relação de emprego que vão além do contrato de trabalho legal. Gestão e compartilhamento do conhecimento são abordados a partir de duas teorias: Teoria do intercâmbio social e do capital social e Teoria da ação fundamentada.
A pesquisa classifica-se como exploratório-descritiva, com abordagem qualitativa, utilizando o método de estudo de casos múltiplos. Os objetos de estudo foram 4 startups de indústrias distintas, de origem brasileira em diferentes estágios de maturidade, desde a recente entrada no mercado até a internacionalização, para que fosse possível verificar se havia semelhanças ou não na forma como gerem os contratos psicológicos e a gestão do conhecimento dentro organização. Os dados foram coletados por meio de entrevista semi-estruturada e grupo focal, analisados por meio da análise de conteúdo.
Quanto aos contratos psicológicos, as startups apresentaram contratos explícitos e implícitos de ordem econômica e relacional e, por tratar-se de organizações enxutas com equipes reduzidas, tanto funcionários como gestores demonstraram ciência dos compromissos não formalizados e das expectativas de cada parte. O conhecimento demonstrou ser massivamente compartilhado pelos membros das startups entre si, entre equipes e entre organizações, individualmente motivados por reconhecimento dos pares e senso de autoeficácia. Categoria emergente na pesquisa: obrigações híbridas e equilibradas.
Os achados demonstraram que os contratos psicológicos influenciam as motivações individuais para compartilhar conhecimentos, afetando o resultado das startups. Mais especificamente, os principais resultados individuais percebidos foram a satisfação no trabalho, o comprometimento com o time e o senso de verdade e confiança no futuro da empresa e em seus líderes imediatos. Entre equipes, percebeu-se a melhoria dos canais de comunicação, o senso de coletivismo, a maturidade dos times e a baixa rotatividade mesmo nos estágios em que as startups ainda não conseguem oferecer benefícios econômicos.
Abatecola, G., Cafferata, R., & Poggesi, S. (2012). Arthur Stinchcombe's "liability of newness": contribution and impact of the construct. Journal of Management History. Amir-Aslani, A. The quest for competitive sustainability: From technology sourcing to knowledge management. J. Technol. Manag. Innov. 2009, 4, 54–68. Argote, L., & Ingram, P. (2000). Knowledge transfer: A basis for competitive advantage in firms. Organizational behavior and human decision processes, 82(1), 150-169.