Resumo

Título do Artigo

ORIENTAÇÃO EMPREENDEDORA NO CONTEXTO DAS UNIVERSIDADES EMPREENDEDORAS – UMA REVISÃO INTEGRATIVA.
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Palavras Chave

Universidade Empreendedora
Orientação Empreendedora
Universidade Pública

Área

Administração Pública

Tema

Atendimento ao Cidadão e Prestação de Serviços e Inovação em Gestão Pública

Autores

Nome
1 - Ana Carolina Costa Ribeiro de Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ - UNIFEI (UNIFEI) - Itajubá
2 - Andréa Aparecida da Costa Mineiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ - UNIFEI (UNIFEI) - IEPG - Instituto de Engenharia de Produção e Gestão

Reumo

As novas exigências da sociedade contemporânea têm provocado transformações nas universidades forçando-as a se adaptarem a este novo contexto moderno, tecnológico e mutável. Para atender às novas exigências, as universidades têm buscado integrar uma terceira missão (capitalização do conhecimento), aproximar-se das empresas fornecendo-as produto inovador, enfim ter um papel de destaque no desenvolvimento econômico de sua região, ser empreendedoras. A Orientação Empreendedora (OE) surge como uma possibilidade de responder a estas exigências como um padrão de desempenho empreendedor.
Apesar da OE ser um modelo de desempenho utilizado por algumas universidades, ela está voltada predominantemente para organizações privadas. Constata-se que são escassos os estudos que estabelecem a conexão entre Universidade Empreendedora (UE) e OE e, portanto, há um conhecimento limitado sobre como a segunda afeta o desempenho da primeira. Neste sentido o estudo tem como objetivo sistematizar a literatura sobre a conexão entre OE e UE, por meio de uma revisão integrativa da literatura internacional publicada no período de 2001 a 2019.
As UEs para Etzkowitz (1998) e Etzkowitz e Zhou (2017) são aquelas que conseguem responder às exigências do mercado de forma inovadora, focando no desenvolvimento socioeconômico da região em que se encontra (ETZKOWITZ, 1983). Espera-se uma instituição mais generalista e dinâmica, interagindo de forma mais estreita com seu ambiente (CLARK, 2006). A OE é a performance de processos e, atividades que levam a novas entradas, como um caminho possível para que as instituições de ensino consigam ofertar um produto inovador (LUMPKIN; DESS, 1996).
Os estudos analisados mostram que as UE apresentam atividades e processos calcados nas dimensões da OE, no que se refere a atividades acadêmicas e no perfil dos estudantes, egressos, professores e pesquisadores. Há forte tendência a se considerar que quanto maior a OE de uma universidade mais ela se consolida enquanto UE. Esta performance da instituição de ensino impacta consideravelmente no desenvolvimento da região em que se encontra ao mesmo tempo em que é fortemente influenciada pelo contexto do país em que está inserida.
Os resultados evidenciam que a OE pode sim ser considerada um fator de desempenho para UE apesar de ser ainda um campo de estudos incipiente. As atividades acadêmicas e a postura de alunos, professores e egressos são consideradas como empreendedoras e inovadoras a partir do desenvolvimento de uma cultura ancorada nas dimensões da Orientação Empreendedora. Outro destaque seria que UE e OE são, a princípio, constructos diretamente proporcionais.
Clark, B. R. Em busca da Universidade Empreendedora. In: J. L. N. Audy e M. C. Morosini (orgs.), Inovação e Empreendedorismo na Universidade. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2006. Etzkowitz, Henry; Zhou, Chunyan. The triple helix: University–industry–government innovation and entrepreneurship. Routledge, 2017. Lumpkin, G. T.; Dess, G. G. Clarifying the entrepreneurial orientation construct and linking it to performance. Academy of Management. The Academy of Management Review; jan, p. 135, 1996