Resumo

Título do Artigo

CULTURA DO CONSUMO E VIOLÊNCIA OBJETIVA: PRODUZINDO A FANTASIA SOCIAL BRASILEIRA
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Palavras Chave

Fantasia Social
Cultura do Consumo
Violência Objetiva

Área

Marketing

Tema

Consumo, Materialismo, Cultura e Sociedade

Autores

Nome
1 - Renata Couto
UNIVERSIDADE DO GRANDE RIO PROFESSOR JOSÉ DE SOUZA HERDY (UNIGRANRIO) - Lapa

Reumo

Pretendemos com este artigo discutir as articulações entre consumo e sua cultura, violência objetiva e fantasia social brasileira.“As verdades mais profundas de uma sociedade podem ser compreendidas a partir de seus aspectos aparentemente mais banais”, afirmou Fontenelle (2015). Nesse sentido Oliveira (2019) procurou compreender como as práticas de consumo de seus informantes revelavam a realidade objetivamente violenta brasileira.
Objetivamos analisar o papel do consumo e de sua cultura na produção do que chamamos de fantasia social brasileira, que consideramos como objetivamente violenta e, portanto, naturalizadora.Partimos da idéia de que o processo de naturalização promovido pela cultura do consumo está vinculado à sua atuação como uma espécie de pós-política (ŽIŽEK, 2006).Abordamos as crenças da cultura do consumo, o conceito de fantasia social e desenvolvermos a ideia de sua versão brasileira, associada ao universo do consumo.
Cultura do consumo como pós-política ((ŽIŽEK, 2006, 2014; TADAJEWSKI et al., 2014; SLATER, 2002) Crenças da cultura do consumo (GABRIEL, 2015;CALLIGARIS, 2011; DARDOT; LAVAL, 2016) Fantasia social (SAFATLE, 2003; ŽIŽEK, 1989, 1994) Fantasia social brasileira (GABRIEL, 2008; CALLIGARIS, 2017; SCHWARCZ; STARLING, 2015) - exemplos em tempos de covid-19 ilustram o tópico em questão Violência objetiva, fantasia social e consumo - exemplos sobre como cultura do consumo, experiências de consumo, fantasia social brasileira e racismo estrutural estão articulados
Sugerimos que o caráter pós-político do consumo e sua caracterização por vezes como futilidade (o que nos parece contraditório, dado que vivemos em uma sociedade do consumo), nos impede de abordarmos criticamente questões como a da fantasia social brasileira e, por outro lado, ajudam na manutenção do status quo de desigualdade sistêmica e violência objetiva.
Concluímos que são necessárias pesquisas que realizem, como sugere Fontenelle (2015), uma abordagem sociocultural do consumo brasileiro, o que acreditamos ser possível através da adoção de teorias produzidas pelos Interpretes do Brasil, ou seja, intelectuais de diversas areas do conhecimento que se dedicaram à nossa cultura e nossas especificidades.
CALLIGARIS, C. Grandeza das "futilidades". Publicado em 08/09/2011 FONTENELLE, I. A. O trabalho da ilusão: produção, consumo e subjetividade na sociedade contemporânea. Interações, X(19), pp.63-86, 2005. _________________. O Consumo e a Cultura do Capitalismo. GV Executivo, 14(1), jan/jun, 2015. SAFATLE, S. Pósfacio: A Política do Real de Slavoj Zizek. In ZIZEK, S. Bem-vindo ao deserto do Real!. São Paulo: Bomtempo, 2003. SLATER, D. Cultura do Consumo & Modernidade. São Paulo: Nobel, 2002. SOUZA, O. Fantasia de Brasil. As identificações na busca da identidade nacional. SP: Editora Escuta