Resumo

Título do Artigo

INOVAÇÃO EM MODELOS DE NEGÓCIOS: ESTUDO DE CASOS EM AGRITECHS DE MATO GROSSO
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Palavras Chave

Inovação
Modelos de Negócio
Agritechs

Área

Agribusiness

Tema

Inovação e Tecnologia

Autores

Nome
1 - Lidia Carolina da Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT) - FACC
2 - Elisandra Marisa Zambra
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT) - Faculdade de Administração e C. Contábeis
3 - Paulo Augusto Ramalho de Souza
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO (UFMT) - Departamento de Administração
4 - Sandro Ribeiro da Costa
UNIVERSIDADE DE CUIABÁ (UNIC / PITÁGORAS) - Cuiabá
5 - Sibelly Resch
UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL (USCS) - Centro

Reumo

O agronegócio figura como a maior fonte de riqueza do Brasil, entre os estados Mato Grosso é o 1º no ranking nacional na produção de soja, milho, algodão e de rebanho bovino, tendo 50% do seu PIB representado pela atividade, conforme aponta o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA, 2017). Esse cenário abre espaço para a atuação das Agritechs. Essas startups trazem propostas de valor inovadoras, unidas a tecnologia para o campo.
Em meio a um mercado promissor e várias oportunidades, o mundo das agritechs ainda apresenta desafios particulares como a falta de investimentos e a distância entre os pequenos agricultores e as novas tecnologias. No entanto, o mercado internacional e nacional das startups tecnológicas está crescendo e deve fomentar o debate para os próximos anos. Considerando o exposto, este estudo teve o intuito de conhecer características da gestão, estruturação e proposta de valor de agritechs de Mato Grosso, sob a ótica da inovação em modelos de negócios.
Nesse estudo, a fundamentação teórica abarca contribuições de teorias organizacionais aos modelos de gestão atuais. Após, apresenta-se o conceito de inovação e suas características para a compreensão acerca da inovação em modelos de negócios. Por fim, explora-se o conceito de startup e as particularidades desta forma de organização, a fim de abrir debate para a análise das agritechs como um modelo de negócio inovador. Alguns estudos são destacados como os de: Astley e Van de Ven (2005); Osterwalder e Pigneur (2011); Tidd e Bessant (2015); Casadesus-Masanelle Zhu (2012) entre outros.
Conforme Gil (2010), trata-se de um estudo de natureza qualitativa e quanto aos objetivos, exploratório. Quanto ao método e técnicas, seguiu-se as recomendações de Yin (2005) para o delineamento de estudo de caso que, neste estudo, foi desenvolvido em duas Agritechs de Mato Grosso, seguindo todos os procedimentos recomendados no protocolo de pesquisa. Foi utilizada técnica de análise de conteúdo, conforme recomenda Bardin (1977), para analisar os dados. A análise de conteúdo contou com três fases: pré-análise; exploração do material; tratamento dos resultados - inferência e interpretação.
Identificou-se características relativas ao Modelo de Gestão e Estrutura das Agritechs; elementos de Inovação e Tecnologia e o formato de seus Modelos de Negócios e Proposta de Valor. Os gestores possuem clareza a respeito de sua proposta de valor e de seu papel frente a inovação do agronegócio; integram estruturas orgânicas e descentralizadas. As agritechs analisadas possuem a característica de serem escaláveis, passíveis de alterações sem que haja impacto em modelo de negócios e capazes de entregar o mesmo produto ou serviço de forma ilimitada e sem customizações para diferentes clientes.
No que tange à inovação e tecnologia, as duas agritechs demonstram entendimento acerca desse papel, e do ambiente em que estão inseridas, ao considerarem a gestão e adoção de tecnologia como fundamentais para o negócio. Em relação ao modelo de negócios e proposta de valor, focam na resolução de problemas do agronegócio, apresentando modelos de software como produto (SaS) e plataforma multilateral. Demonstram possuir percepção sobre oferta, características e atributos agregados, bem como o impacto positivo que seus modelos de negócios no setor que atuam.
BADEN-FULLER, C.; MORGAN, M. S. Business Models as Models. Long Range Planning, v. 43, n. 2-3, p. 156-171, 2010. BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa: Edições 70, 1977. BESSANT, J.; TIDD, J.; PAVITT, K. Gestão da inovação. 3. ed. Porto Alegre: Ed. Bookman 2008. 600 p. LIMA, J. G. et al. Startups No Agronegócio Brasileiro: Uma Revisão Sobre As Potencialidades Do Setor. Brazilian Journal of Production Engineering-BJPE, v. 3, n. 1, p. 107-121, 2017. OSTERWALDER, A.; PIGNEUR, Y. Business Model Generation. Rio de Janeiro: Alta Books, 2011. 300 p.