Resumo

Título do Artigo

Cooperação e Reciprocidade entre Atores da Agricultura Familiar: Um Estudo na Região Córrego Garrafão no Sudeste Paraense
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Palavras Chave

Cooperação
Reciprocidade
Relações Sociais

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Marcilene Feitosa Araújo
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ (UNIFESSPA) - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas - ICSA
2 - Hugo Azevedo Rangel de Morais
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CARIRI (UFCA) - Juazeiro do Norte- CE
3 - Gabriel Moraes de Outeiro
UNIVERSIDADE FEDERAL DO SUL E SUDESTE DO PARÁ (UNIFESSPA) - Instituto de Ciências Sociais Aplicadas

Reumo

Apesar de a agricultura familiar ser um importante setor da economia, este permanece às margens do desenvolvimento rural (WANDERLEY, 2017). Ao longo dos anos ações têm sido realizadas para fortalecer a agricultura familiar com expressão social, econômica e política. Neste sentido, é que vem se rediscutindo modelos de desenvolvimento da atividade das pessoas do campo, principalmente, neste setor, porque os produtores são fragilizados pelas dificuldades de acesso a mercados agrícolas e financeiros o que inviabiliza o desenvolvimento deste segmento da agricultura brasileira (MOREIRA et al, 2016)
Verificar a existência de cooperação e reciprocidade na rede de relações entre produtores e analisar como essas relações influenciam nos resultados alcançados por produtores da agricultura familiar atuantes na região córrego do garrafão no sudeste Paraense.
No Brasil, a produção agrícola proveniente da agricultura familiar ganhou notoriedade a partir da década de 1990, quando inúmeros estudos buscaram quantificar e aferir a participação deste segmento na produção nacional. A agricultura familiar, segundo Furtado (2000) é como a estreita relação entre o trabalho e a propriedade dos ativos. Neste sentido, a Lei Federal n.º 11.326 de 2006 destaca que para ser considerando agricultor familiar é preciso que o produtor possua até quatro módulos fiscais, use na atividade apenas mão de obra própria e de familiares.
Quanto à abordagem do problema a pesquisa é qualitativa, por não empregar um instrumento estatístico. Quanto aos objetivos o estudo caracteriza-se como exploratório e descritivo. A coleta de dados foi realizada por meio de um roteiro semiestruturado composto por 4 (quatro) perguntas que foram aplicados na associação dos agricultores rurais da região do Córrego do Garrafão, realizada na sede da comunidade, sendo este o grupo focal da pesquisa. Como técnica de analise utilizou-se a análise de conteúdo (BARDIN, 2011).
Quando perguntado o que era cooperação na visão dos produtores, O ator AG3 fez a seguinte definição: “Cooperação [...] para mim seria união, unir as forças [...]. Um ajudar o outro [..]”. Marteleto (2001, p. 72) destaca que uma rede de cooperação é formada por um “conjunto de participantes autônomos”. Esses na tentativa de alcançarem melhores resultados unem ideias e recursos em torno de valores e interesses compartilhados pelo grupo.
a) Existe reciprocidade na rede de relações entre produtores da agricultura familiar atuantes na região córrego do garrafão no sudeste Paraense? Quando se pensa a rede considerando apenas os produtores (rede interna), sim existe, mas ao levar em consideração seu elo externo, a reciprocidade não existe. Segundo os produtores todas as ações solicitadas devem ser retribuídas, na maioria das vezes de maneira financeira (pagas).
CONCEIÇÃO, L. C.; MARTINS, C. M.; SANTANA, A. C.; GOMES, S. C.; SANTOS, M. A. S. D.; REBELLO, F. K. Mercado Institucional de Produtos Agropecuários de Assentamentos Rurais na Amazônia. Amazônia, Organizações e Sustentabilidade, v. 5, n. 2, p. 117-126, 2016. CAILLÉ. A. Nem holismo nem individualismo metodológico: Marcel Mauss e o paradigma da dádiva. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v13, n 38p 5-51, 1998. GOULDNER, A.W. The norm of reciprocity: a preliminary statement. American Social Review, v. 25, n. 2, p. 161- 178, 1960.