Resumo

Título do Artigo

CULTURA DE APRENDIZAGEM ORGANIZACIONAL E INOVAÇÃO EM INCUBADORAS DE EMPRESAS: UMA ANÁLISE DAS INCUBADORAS ASSOCIADAS À REDE DE INCUBADORAS DO CEARÁ
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Palavras Chave

Cultura do Aprendizado
Inovação
Rede de Incubadoras

Área

Gestão da Inovação

Tema

Dimensões Criativas, Comportamentais e Culturais da Inovação

Autores

Nome
1 - Daniel Paiva Mendes
Centro Universitário Católica de Quixadá - UNICATÓLICA - Campus Quixadá
2 - ELDA FONTINELE TAHIM
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ (UECE) - Administração

Reumo

A aprendizagem e a inovação são processos intimamente relacionados e são influenciados por muitas variáveis como: a cultura, o clima organizacional, a liderança, as práticas de gestão, a aquisição de informação, compartilhamento de sistemas e estruturas organizacionais. Nessa perspectiva, o processo de inovação depende de um ambiente favorável, associado à cultura da inovação que necessita de mecanismos de coordenação, interação e aprendizado, envolvendo trocas de informações e conhecimentos, recursos para pesquisa entre outros aspectos que possam criar novas oportunidades para as empresas.
Na busca de identificar se, de fato, as incubadoras contribuem com mudança no comportamento das empresas quanto à cultura de aprendizagem e da inovação, tem-se o seguinte questionamento: Com se dá a cultura do aprendizado organizacional e inovação no âmbito das incubadoras da rede de incubadoras do estado do Ceará? Assim, o objetivo deste trabalho é analisar a cultura do aprendizado e da inovação no ambiente das incubadoras da RIC, que podem contribuir para fomentar a inovação nas empresas incubadas.
Nas últimas décadas, o modelo organizacional de incubadoras de empresas vem se expandindo rapidamente, em especial no Brasil, estas estruturas surgem nas universidades que buscam a interação com o setor produtivo e são também espaços de divulgação do conhecimento científico gerados nas universidades por pesquisadores das mais diversas áreas (Bessi, 2012). São considerados por diversos estudiosos como mecanismos de apoio ao empreendedorismo e à inovação (Beuren & Raupp, 2010; Baêta, Borges & Tremblay, 2006).
A presente pesquisa de cunho descritivo e exploratória, com abordagem qualitativa (Flick, 2004; Motta-Roth, 2003), teve como lócus à Rede de Incubadoras de Empresas do Ceará – RIC, que atualmente congrega 08 (oito) instituições associadas que se dividem entre incubadores de empresas de base tecnológica e mistas. As entrevistas foram gravadas, transcritas e, posteriormente, categorizadas, com o uso da técnica categorial de análise do conteúdo de Bardin (1977) e com adaptações da técnica original para a análise dos núcleos de sentido (ANS).
Dos resultados, foi possível perceber que o portfólio de serviços ofertados às empresas incubadas quase sempre é através da Rede de Incubadoras do Ceará – RIC, com recursos provenientes de linhas de fomento, e que o apoio da mantenedora às incubadoras não é suficiente para atender as demandas que o ambiente de incubação necessita. Cinco das sete incubadoras são de base tecnológica, e destas apenas quatro possui uma infraestrutura de laboratórios adequada para as atividades de P&D e parcerias com pesquisadores e programas strictu sensu, o que favorece a cultura de aprendizado e inovação.
Conclui-se, então, que nem sempre o ambiente das incubadoras dispõe de uma infraestrutura adequada para que a cultura do aprendizado e inovação aconteça.
Bessi, V. G. (2012). Inovação e cultura organizacional em incubadoras de empresas: uma reflexão teórica. Gestão Contemporânea, (1) Bardin, L. (1977). Análise de conteúdo. Lisboa: edições, 70 Beuren, I. M., & Raupp, F. M. (2010). Gestão do conhecimento em incubadoras Brasileiras. Future Studies Research Journal: Trends and Strategy, 2(2), 186-211 Flick, U. (2004). Introdução à Pesquisa em Administração. Porto Alegre: Bookman Baêta, A. M. C., Borges, C. V., & Tremblay, D. G. (2006). Empreendedorismo nas incubadoras: Reflexões sobre tendências atuais. Revista Comportamento Organizacional e Gestão