Resumo

Título do Artigo

Cooperação para a inovação: estudo comparativo entre PMEs e GEs
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Palavras Chave

Cooperação
Inovação
Redes

Área

Gestão da Inovação

Tema

Redes, Ecossistemas e Ambientes de Inovação

Autores

Nome
1 - Silveli Cristo-Andrade
Universidade da Beira Interior - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
2 - Mario José Batista Franco
Universidade da Beira Interior - Administração

Reumo

Procurar por respostas, meios e novos caminhos para aproveitar oportunidades têm vindo a ocupar grande parte do tempo daqueles que lideram tanto as pequenas e médias empresas (PMEs), como as grandes empresas (GEs). Para garantir o crescimento de uma empresa no cenário competitivo atual é necessário um gerenciamento estratégico, com uma visão empreendedora e desenvolvendo dois elementos importantes, o conhecimento e a inovação. Sendo assim, cooperar para inovar tem vindo a ser uma estratégia recorrida pelas empresas, grandes ou pequenas.
Baseado na necessidade dessas empresas se manterem competitivas e dinâmicas em um cenário de constante mutação, este estudo teve como objetivo comparar os atores envolvidos na cooperação para a inovação entre PMEs e GEs.
Nas últimas décadas, os meios de cooperações entre as organizações têm se apresentado com maior frequência e formas variadas, como joint venture, uma aliança estratégica ou um acordo de transferência de conhecimento e tecnologia. Percebe-se atualmente que cooperação e inovação tendem a caminhar juntas e que não basta apenas a empresa ter em sua missão e visão uma atuação inovadora, todos precisam saber disso e usar essa mentalidade em suas atividades de modo cooperativo, procurando sempre caminhos para inovar.
A base de dados escolhida foi a PINTEC, com dados disponíveis de 1998 a 2014. As análises estatísticas realizadas foram a regressão logística binária, estatísticas descritivas das variáveis, a matriz de correlação e a diferença de médias.
Na análise é possível observar que a maior parte das empresas coopera para inovar com clientes/consumidores e fornecedores. Destaque também para a pouca cooperação com universidades e afins, algo que deveria ser mais desenvolvido. Observou-se que as empresas que cooperam para inovar, tendem a cooperar de formas diversas, não se limitando a um tipo de cooperação. Identificou-se também que a cooperação para inovação com clientes e/ou consumidores é mais provável de acontecer em PMEs e no que tange às GEs, existe uma maior probabilidade de cooperação para a inovação com outras empresas do grupo.
Evidenciou-se que as GEs, comparado às PMEs, tendem a cooperar com outras empresas do grupo e com centros de capacitação profissional e/ou assistência técnica. Já as PMEs, comparado às GEs, potencialmente cooperam com os seus clientes/consumidores. Como contribuição teórica esse estudo traz evidências que os tipos de cooperação para a inovação podem variar conforme o tamanho da empresa, e como contribuição prática sinaliza a importância dos clientes para as PMEs, evidenciando para as GEs a importância dos grupos empresariais, assistência técnica e dos centros de capacitação profissional.
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