Resumo

Título do Artigo

Análise ergonômica do trabalho como ferramenta do Design Thinking: uma abordagem teórica
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Palavras Chave

design thinking
análise ergonômica
centralidade do usuário

Área

Gestão da Inovação

Tema

Organização, Processos e Projetos de Inovação

Autores

Nome
1 - Ruri Giannini
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO (USP) - Escola Politécnica
2 - Mario Sergio Salerno
Escola Politecnica da USP - Departamenmto de Engenharia de Produção

Reumo

Uma das características do Design Thinking (DT) é a centralidade no indivíduo, ou seja, o bem-estar das pessoas, portanto, analisar a interação do usuário com o produto e serviço é fundamental. No entanto, há uma lacuna na apresentação e no detalhamento de ferramentas como observação da audiência in loco, personas e mapa de empatia, tornando-as meramente conceituais. Por sua vez, a Ergonomia da Atividade também tem o ser humano como ponto central e uma de suas principais ferramentas de análise, a Análise Ergonômica do Trabalho (AET) propõe uma imersão na rotina de trabalhadores.
Dada a lacuna existente na descrição de métodos para análise de usuários nos processos do Design Thinking, surge, então, a questão de pesquisa: “De que forma a Análise Ergonômica do Trabalho pode ser adaptada e utilizada como ferramenta de observação e compreensão do usuário no Design Thinking?”. A metodologia de pesquisa utilizada é uma pesquisa teórica, sem coleta de dados ou pesquisa de campo. O referencial teórico traz conceitos e características do Design Thinking, Ergonomia da Atividade e Análise Ergonômica do Trabalho.
Para a produção deste artigo, uniu-se a produção dos principais autores do Design Thinking (Tim Brown, Thomas Lockwood, Idris Mootee, Charles L. Owen, Katja Tschimmel, Roberto Verganti, Tennyson Pinheiro e Luis Alt) e da Ergonomia da Atividade (Alain Wisner, Júlia Abrahão, François Daniellou, Pascal Béguin, Pierre Falzon e François Guérin). A partir de revisão bibliográfica, a adaptação e aplicação da AET como ferramenta do Design Thinking foi discutida de forma teórica.
A diferença entre o trabalho real e prescrito endereça uma crítica às ferramentas personas e observação do consumidor em ambientes planejados e artificiais, pois diferentes necessidades e significados atribuídos a um produto ou serviço pode influenciar de forma significativa a maneira como um consumidor os utiliza. Simular a rotina do consumidor e seus hábitos significa reproduzir apenas um “uso prescrito” de um produto e serviço, não sendo suficiente, portanto, para buscar a realidade acerca do que se espera. A AET pode preencher esta lacuna existente nas ferramentas do Design Thinking.
A análise da atividade é uma ferramenta de conhecimento do comportamento humano que não é exclusiva à ergonomia, podendo ser utilizadas por outras disciplinas, ou seja, pode-se fazer uso da AET em um contexto de desenvolvimento de inovação em produtos e serviços. O objetivo deste artigo foi entender de que forma a AET pode ser adaptada e utilizada como ferramenta de observação e compreensão do usuário no Design Thinking, de forma teórica. A contribuição esperada com este trabalho é trazer uma metodologia clara de análise do usuário para o Design Thinking.
ABRAHÃO, J.; SZNELWAR, L.; SILVINO, A.; SARMET, M.; PINHO, D. (2009). FALZON, P. (2007). WISNER, A. (1995). BROWN, T. (2010). MOOTEE, I. (2013). OWEN, C. (2008). PINHEIRO, T.; ALT, L. (2012). TSCHIMMEL, K. (2012). GUÉRIN, F.; LAVILLE, A.; DANIELLOU, F.; DURAFFOURG, J. ; KERGUELEN, A. (2001). DANIELLOU, F.; BÉGUIN, P. (2007)