Resumo

Título do Artigo

O QUE É SER MASCULINO: UM ESTUDO SOBRE A CRISE E AS MARCAS DA MASCULINIDADE
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Palavras Chave

Trabalho
Paternidade
Divisão de responsabilidade

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Genero, Diversidade e Inclusão nas Organizações

Autores

Nome
1 - Fabiana de Fátima Matos Queiroz Ribeiro
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS (PUC MINAS) - Belo Horizonte - Coração Eucaristico
2 - Carolina Maria Mota Santos
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS (PUC MINAS) - Administração

Reumo

Valores vinculados ao masculino, mantidos pela manutenção da ideia de masculinidade universal, sofreram uma ruptura na década de 1990. Isto ocorre devido à quebra da ideia da masculinidade universal, ruptura ocorrida devido aos estudos de diversos grupos e movimentos sociais que contestavam a masculinidade e os papéis sociais (Badinter, 1993). A partir desta quebra, o olhar deixa de ser para apenas uma masculinidade, a universal e se volta para o entendimento de uma masculinidade hegemônica e masculinidades subalternas (Eccel & Grisci, 2011).
Este estudo visa investigar quais aspectos se alteraram a partir da crise do masculino, do modelo de masculinidade tradicional para a masculinidade atual? O objetivo deste trabalho é discutir a crise do masculino e a partir dela as marcas da masculinidade atual.
O referencial teórico discorre sobre a crise do masculino e suas causas, a ruptura no conceito de masculinidade universal como resposta aos esforços de movimentos sociais que contestavam a masculinidade tradicional. Além disso, discute a inserção das nomenclaturas: masculinidade hegemônica e masculinidades subalternas e finaliza com o enfoque nas marcas da masculinidade atual. Foram discutidas três frentes relacionadas as marcas da masculinidade: o trabalho, a paternidade e a divisão de responsabilidades domésticas.
A primeira marca da masculinidade atual se refere ao trabalho, discussão que avança na literatura uma vez que as pesquisas internacionais desenvolvidas sobre a construção da masculinidade mostram que diferentes tipos de masculinidades são desenvolvidos a partir de diferentes campos de trabalho. A segunda marca diz da participação paterna mais atuante no dia a dia com os filhos. A terceira marca é a maior participação do homem na divisão de tarefas domésticas como outra alteração social presente nos novos modelos de comportamento masculino.
Este trabalho contribui ao reforçar a importância das contestações aos modelos pré-estabelecidos para a execução de papeis sociais, pois rompe com o pensamento dominante e proporciona que homens e mulheres construam sua feminilidade e masculinidade baseado não apenas em um modelo, mas de acordo com seu tempo histórico e seu contexto.
Badinter, E. (1993). XY: sobre a identidade masculina. (2a ed.). Maria Ignez Duque Estrada (Trad.). Rio de Janeiro: Nova Fronteira. Davis, J. M & Liang, C.T.H. (2015). A teste of the medianting role of gender role conflict: latino masculinities and help-seeking attitudes. Psychology of Men, 16 (1), 23-32. Kray,L.J., Howland, L., Russel, A.G. & Jackman, L.M. (2017). The Effects of Implicit Gender Role Theories on Gender System Justification:Fixed Beliefs Strengthen Masculinity to Preserve the Status Quo. Journal of Personality and Social Psychology, 112 (1), 98-115.