Resumo

Título do Artigo

Planejamento da Auditoria Interna: métodos adotados na Administração Pública para elaborar Matrizes de Risco
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Palavras Chave

Auditoria Interna
Matriz de Risco
Planejamento

Área

Administração Pública

Tema

Gestão Organizacional: Governança, Planejamento, Recursos Humanos e Capacidades

Autores

Nome
1 - Rubens Carlos Rodrigues
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ (UFC) - Departamento de Física

Reumo

Identificar os riscos emergentes e buscar ações para mitiga-los é extremamente necessário às entidades, face às rápidas mudanças nos cenários econômicos, no ambiente regulatório ou no próprio negócio e o grande desafio das entidades é encontrar mecanismos adequados para minimizar o impacto oriundo de tais riscos (Bogoni & Fernandes, 2011). Tendo em vista que as Auditorias Internas (AUDIN) não podem verificar todos os processos e documentação existentes nas universidades, há de se planejar as atividades a serem desenvolvidas, analisando os riscos e a avaliação dos controles existentes.
O presente estudo visa então a responder ao seguinte questionamento: Quais são os métodos empregados para a construção das matrizes de riscos das unidades de Auditoria Interna da Administração Pública Federal? No anseio de responder este questionamento, o objetivo geral desta pesquisa consiste em descrever como é efetuada a seleção e priorização das atividades planejadas pelas unidades de Auditoria Interna vinculadas às Universidades Públicas Federais brasileiras, para o ano de 2016.
Para que a AUDIN possa executar as suas atividades com eficiência, faz-se necessário executar um planejamento dos seus trabalhos, visando: oferecer direcionamento dos trabalhos; delimitar o objetivo; definir a estratégia da metodologia a ser utilizada; e estimar prazo de execução e os recursos e custos envolvidos (Peter & Machado, 2014), bem como analisar os sistemas de gestão de riscos e controles internos atinentes processo a ser auditado (Lélis & Pinheiro, 2012), devendo ser discutido com a alta administração, tendo em vista o apetite a risco estabelecido pela entidade (Griffiths, 2005).
Trata-se de uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa por meio de pesquisa documental. Utilizando-se de buscas no Google e de solicitações de informações via Sistema Eletrônico do Serviço de Informação ao Cidadão (e-SIC), obteve-se os relatórios emitidos por toda a população pesquisada. Após uma análise geral, a amostra final é composta por 37 relatórios onde é possível compreender a metodologia empregada para a hierarquização das atividades, conforme os riscos identificados, os quais foram registrados, categorizado e tabulados em planilha eletrônica.
Em 20(54,05%) este processo é feito sem a participação dos gestores, desconsiderando, assim, o apetite a risco estabelecido pela entidade. Após tabulação, cinco modelos de Matrizes de Riscos emergiram. A matriz de risco básica pode ser considerada o alicerce das demais identificadas e constitui o modelo mais simples de ser utilizado pelas AUDIN´s, motivo este de ser adotado por 29 (78,37%), dado que o gerenciamento de riscos no setor público ainda é bem recente. Ao passo que o modelo adotado pela UFABC, em 4(10,81%) entidades, é mais complexo e requer bom conhecimento para poder utilizá-lo.
O planejamento dá a possibilidade de ser ampliada a profundidade da análise de dimensões como relevância e criticidade em razão de uma melhor delimitação do objeto a ser analisado. A pesquisa permitiu constatar a adoção do planejamento considerando os riscos da entidade já é empregado na maioria das universidades e com a entrada em vigor de normativos que reforçam tal postura, mais entidades irão adotar e a existência de cinco metodologias diferentes, certamente irá convergir para um único modelo que busque atender e alinhar os interesses da entidade com os estabelecidos nas normas reguladoras
Castro, D. P. de. (2015). Auditoria, Contabilidade e Controle Interno no Setor Público (6th ed.). São Paulo: Atlas. Griffiths, P. (2005). Risk-based Auditing. England: Gower Publishing Limited. Peter, M. da G. A., & Machado, M. V. V. (2014). Manual de Auditoria Governamental (2nd ed.). São Paulo: Atlas Lélis, D. L. M., & Pinheiro, L. E. T. (2012). Percepção de auditores e auditados sobre as práticas de auditoria interna em uma empresa do setor energético. Revista Contabilidade & Finanças, 23(60), 212–222. https://doi.org/10.1590/S1519-70772012000300006