Resumo

Título do Artigo

UMA ANÁLISE DA ESTRUTURA DE CAPITAL DAS EMPRESAS BRASILEIRAS INTERNACIONALIZADAS
Abrir Arquivo

Palavras Chave

market-timing
trade-off
empresas brasileiras internacionalizadas

Área

Finanças

Tema

Estrutura de Capital e Valor

Autores

Nome
1 - Valter Pereira Silva
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Gestão e Negócios
2 - DEBORA ROSA RODRIGUES
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS
3 - Vinícius Silva Pereira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Fagen
4 - Claúdio Francisco Rezende
Faculdade Uberlandense de Núcleos Integrados de Ensino, Serviço Social e Aprendizagem (FAESSA) - Faculdade de Administração
5 - Catarine Palmieri Pitangui Tizziotti
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA (UFU) - Faculdade de Gestão e Negócios

Reumo

A crescente internacionalização de empresas brasileiras é um fenômeno relativamente recente e que vem aumentando a cada ano (FDC, 2015) e que em média, aumenta o endividamento das multinacionais em relação às empresas domésticas (SAITO, HIRAMOTO, 2010; PEREIRA, 2013), conhecida como hipótese upstream-downstream. No entanto, não á evidências na literatura de qual teoria de estrutura de capital que tal hipótese é mais aderente.
O aumento do endividamento das multinacionais, explicados pela hipótese upstream-downstream, é mais aderente à teoria do trade-off ou do market timing, ou seja, uma organização mais internacionalizada adota uma estratégia de estrutura de capital de market timing ou uma perspectiva de trade-off? O presente estudo teve como objetivo analisar se empresas internacionalizadas adotam uma estrutura de capital coerente com os preceitos do market timing ou do trade-off.
Kwok e Reeb (2000) propuseram a hipótese upstream-downstream para explicar a variação do endividamento das multinacionais. Saito e Hiramoto (2010) e Pereira (2013), confirmaram tal hipótese para multinacionais brasileiras, indicando uma relação positiva entre endividamento e internacionalização. Paralelamente estudos acerca da teoria market timing tem evidenciado resultados não conclusivos sobre sua aderência às empresas brasileiras (MENDES, BASSO, KAYO, 2009; ROSSI JR., MAROTTA, 2010).
Partiu-se do estudo de Van de Veen (2016) que utilizou dois modelos de regressão em painel para testar a aderência das multinacionais brasileiras à teoria trade-off ou market timing. Os modelos foram adaptados incluindo a variável grau de internacionalização. A amostra foi composta por todas as empresas que compõem o Ranking das Transnacionais Brasileiras, realizado pela Fundação Dom Cabral, abrangendo os anos de 2006 até 2014.
Os resultados das regressões com dados em painel indicam que as empresas multinacionais brasileiras adotam uma estrutura de capital coerente com a teoria do market timing. Foi possível observar uma relação positiva entre o grau de internacionalização e a alavancagem das empresas, o que evidencia que as multinacionais brasileiras aproveitam as janelas de oportunidades advindas da internacionalização para aumentar seu endividamento, também de acordo com a hipótese upstream-downstream.
Sugere-se que a hipótese upstream-downstream é mais aderente à teoria do market timing. A internacionalização das multinacionais brasileiras diminui o risco, e consequentemente o preço da ação e com isso surgem as janelas de oportunidade e as empresas aumentam seu endividamento. A empresa aproveita desta dinâmica, mudando sua estrutura de capital de acordo com a perspectiva do market timing.
KWOK, C. C. Y., REEB, D. M. Internationalization and Firm Risk: An Upstreamdownstream Hypothesis. Journal of International Business Studies, 31(4), 611-629. 2000. VAN DE VEEN, R. Capital structure changes of Amsterdam listed firms during the 2008 financial crisis: market-timing or trade-off behavior?. 2016. Master Thesis (MSc in Business Administration Financial Management) – University of Twente, Enschede, Holanda. 2016.