Resumo

Título do Artigo

CROWDFUNDING COMO ALTERNATIVA NO TURISMO: ANÁLISE DO MODUS OPERANDI DAS PLATAFORMAS BRASILEIRAS
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Palavras Chave

Crowdfunding
Empreendedorismo
Turismo

Área

Turismo e Hospitalidade

Tema

Planejamento e Gestão em Turismo

Autores

Nome
1 - Larissa Martins
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA (UEPG) - DETUR
2 - Mirna de Lima Medeiros
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA (UEPG) - DETUR

Reumo

Crowdfunding é uma forma de financiamento coletivo no qual as pessoas podem contribuir monetariamente com projetos que considerem relevantes, recebendo ou não compensação pela contribuição. Inicialmente destinadas a iniciativas musicais, algumas dessas plataformas virtuais têm expandido sua abrangência. Considerando que obter crédito é um dos principais desafios aos empreendedores do setor de turismo, compreender o funcionamento das plataformas torna-se relevante.
O crowdfunding é relativamente novo no país, porém já existem pelo menos 16 plataformas de diferentes abrangências e modus operandi. Assim, objetivou-se analisar as plataformas de crowdfunding existentes no Brasil como alternativa para projetos no âmbito do Turismo. Para tal fim, se propôs a: delinear um quadro teórico quanto ao crowdfunding; elencar as plataformas existentes no Brasil, verificando as áreas as quais dos projetos; e descrever o funcionamento das plataformas existentes no Brasil.
O marco teórico compreende uma discussão com relação ao empreendedorismo no Brasil, formas de financiamento em turismo e especificamente crowdfunding. Amaral Júnior (2012) apresenta condições para a competitividade em turismo e, entre essas, aponta financiamentos e investimentos como crucial. Alternativas tradicionais exigem garantias, o venture capital direciona-se a projetos inovadores e com alto potencial de retorno e o crowdfunding emerge como nova possibilidade coletiva de financiamento.
Verificou-se 16 plataformas online de crowdfunding no país, sendo analisadas 12 devido a erros nos sites durante o período da pesquisa. Para análise do modus operandi das plataformas (existência de taxas, comissão, sistema “tudo ou nada”, recompensa ao contribuinte etc) utilizaram-se fontes secundárias e públicas. Foi feita análise documental de documentos em sites institucionais, releases, termos e condições de uso, instruções, etc. Propôs-se uma análise descritiva e qualitativa.
Metade das plataformas é direcionada a questões específicas e metade contempla projetos diversos. Dessas seis, quatro contemplam projetos da área de turismo. O modelo mais utilizado é o “all or nothing” no qual só se obtém o que arrecadou caso alcance a meta estipulada. Os custos desse tipo de financiamento podem chegar a mais de trinta por cento das contribuições, pois são cobradas taxas de administração, de transação e até percentual de vendas do produto resultante do crowdfunding.
Nota-se que o crowdfunding pode ser interessante ao empreendedor de turismo, entretanto há que se atentar com relação aos custos de operação (taxas de administração, transação e percentual de venda do produto resultante) e limitação de acesso ao valor arrecadado caso não se alcance uma meta especificada dentro do prazo determinado por cada plataforma. Ademais deve-se considerar o tipo de projeto e o seu público-alvo e possibilidades de recompensa (brindes) para que haja maior chance de sucesso.
AMARAL JÚNIOR, J. B. C. Dimensão financeira e análise de investimentos. In. BENI, M. C. Turismo: Planejamento estratégico e capacidade de gestão. Barueri: Manole, 2012. DORNELAS, J. C. A. Empreendedorismo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. MACHADO, L. H. M.; DE MENDONÇA, R. U. Análise do crowdfunding no empreendedorismo brasileiro. SADSJ, v. 1, n. 3, p. 37- 53, 2015. TAPSCOTT, A. D. Wikinomics: como a colaboração em massa pode mudar o seu negócio. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2007.