Resumo

Título do Artigo

A INTERFACE ENTRE O COMPORTAMENTO ESTRATÉGICO E A MORTALIDADE DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS
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Palavras Chave

Comportamento estratégico
Micro e pequenas empresas
Criação de sentido

Área

Estratégia em Organizações

Tema

Pequenas e Médias Empresas

Autores

Nome
1 - RAFAEL MARTINOS BACK
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - SANTA CRUZ
2 - Marcos de Castro
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - Programa de Pós-Graduação em Administração/PPGADM (Mestrado Profissional)
3 - Marlete Beatriz Maçaneiro
UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CENTRO OESTE (UNICENTRO) - Campus Santa Cruz
4 - Luiz Fernando Lara
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE PONTA GROSSA (UEPG) - DEPARTAMENTO DE ADMINISTRAÇÃO

Reumo

No Brasil, as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) representam uma fatia considerável do PIB nacional, além de serem importantes geradoras de rendas e de novos postos de trabalhos todos os anos. Porém, apresentam uma elevada taxa de mortalidade nos dois primeiros anos de atividade, período considerado fundamental. Necessário considerar ainda, que nas empresas de menor porte a gestão normalmente depende da experiência e da capacidade do empreendedor, impactando diretamente na elaboração de estratégia
Problema: qual a relação do comportamento estratégico, proposto por Miles et al. (1978), com o insucesso das micro e pequenas empresas nos dois primeiros anos de atividade? Objetivo: analisar a relação entre o comportamento estratégico e a mortalidade das MPEs nos dois primeiros anos de atividade, com base no modelo de Miles et al. (1978).
Pode-se verificar a complexidade do universo das micro e pequenas empresas, apesar de sua estrutura mais reduzida, especialmente no que se refere a adoção de estratégias, de posicionamento competitivo, alterações de procedimentos, serviços, produtos, entre outros. Ainda, estudos apontam que a adoção do comportamento estratégico nessas organizações está intimamente ligada às características de seus gestores ou empreendedores.
A pesquisa é fundamentada na abordagem qualitativa, devido ao interesse em compreender uma realidade particular, por meio da interpretação dos dados . Sendo que as unidades de análise são as micro e pequenas empresas criadas no município de Guarapuava, no período de 2008 a 2015, e que “fecharam as portas” nos primeiros dois anos de atividade. Como técnicas de coleta de dados utilizou-se de entrevista semiestruturada e de análise documental.
Verificou-se que as empresas que não “sobreviveram” aos dois primeiros anos de atividade, de modo geral, não geraram aprendizado a fim de orientar a tomada de decisões futuras. Ou seja, apesar de buscar informações no ambiente não foi gerado conhecimento e tampouco aplicado medidas significativas de ajustes às necessidades dos clientes, destacando-se o comportamento defensivo. Demonstra-se o receio dos empresários em assumir riscos no seu negócio.
Evidenciou-se a proximidade entre as características dos gestores com o comportamento estratégico adotado pela empresa, onde predominou-se o comportamento estratégico defensivo, onde praticamente inexiste implemento de mudanças. Infere-se que esse posicionamento defensivo, para as empresas pesquisadas, tenha relação negativa com o desempenho da organização. Sugere-se os gestores estabeleçam critérios claros de geração de conhecimento, a partir da interação com o ambiente, adequando suas ações.
BURRELL, G.; MORGAN, G. Sociological paradigms and organizational analysis. London: Heinemann Educational Books, 1979. DAFT, Richard L.; WEICK, Karl E. Organizações como sistemas interpretacionistas: em busca de um modelo. In: CALDAS, Miguel P.; BERTERO, Carlos O. (Coord.) Teorias das Organizações. São Paulo: Atlas, 2007, p. 235-256. MILES, R.;SNOW, C.;MEYER, A.;COLEMAN, H. Orga¬nizational Strategy, Structure, and Process. Academy of Management Review, v. 3,n. 3, 1978, p. 546-562.