Resumo

Título do Artigo

NA RELAÇÃO ENTRE RISCO E DESEMPENHO EM COOPERATIVAS, FAZ DIFERENÇA O PORTE DA ORGANIZAÇÃO?
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Palavras Chave

Risco
Desempenho
Porte

Área

Finanças

Tema

Governança, Risco e Compliance

Autores

Nome
1 - DAVID RODRIGO PETRY
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - Chapecó
2 - IEDA MARGARETE ORO
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA (UNOESC) - campus de Chapecó

Reumo

O cooperativismo agropecuário vem se difundindo como uma das principais atividades da economia brasileira, sendo um dos grandes responsáveis pelo aumento na renda local e no desenvolvimento do agronegócio. Neste contexto, o avanço dos estudos empíricos que tratam de gestão e estrutura organizacional proporcionou o surgimento de uma nova concepção teórica, onde diferentes ambientes exigem diferentes desenhos organizacionais para obter eficácia (Manfredo, & Richards, 2007; Moreira, 2009).
A avaliação empírica de alguns pressupostos direcionados ao risco e desempenho é sustentada pela conjectura cooperativista. Assim, surge a seguinte indagação: o porte das cooperativas influencia na relação entre os riscos corporativos e o desempenho organizacional? Deste modo, o objetivo desta investigação consiste em identificar a influência do porte na relação entre risco e desempenho nas cooperativas agroindustriais, de produção e consumo de Santa Catarina.
O porte da organização pode ser determinado de diversas formas, dentre eles pela quantidade de empregados (Fischer, 1995). Em termos gerais, sob a ótica econômica, a empresa espera obter retornos proporcionados pelas suas atividades, de acordo com sua função (Moreira, 2009). Tais atividades possuem seus resultados sujeitos a certos eventos e, por conta disso, geralmente existem riscos sobre a efetivação destes resultados, cabe evidenciar se o porte exerce alguma influência neste processo.
A amostra consistiu de 55 cooperativas catarinenses associada à OCESC, pertencentes aos segmentos agroindustrial, de produção e consumo. A coleta dos dados foi realizada por meio de questionário estruturado em escala Likert de 7 pontos para avaliar a concordância dos gestores em três dimensões de riscos: operacionais, estratégicos e financeiros. A validação dos dados foi realizada pelo método Alfa de Cronbach, e a análise foi elaborada por Regressão Linear simples e múltipla.
Os dados rodados individualmente por dimensões permitem evidenciar quais fatores de riscos operacionais, estratégicos e financeiros apresentam maior relação com o porte. A análise pela média aritmética individual de cada dimensão retornou significância para os riscos estratégicos e operacionais, enquanto em conjunto, preponderou apenas o risco operacional. Segregando as cooperativas pelo porte, possibilitou identificar quais fatores de risco são mais característicos de em cada tamanho.
Os resultados apontam que quando os riscos operacionais, estratégicos e financeiros são analisados de forma adjacente em relação ao desempenho, não há influência significativa. Quando analisados de forma segregada, só há influência do porte na relação entre os riscos operacionais e desempenho. A análise permitiu ainda evidenciar quais fatores de risco são mais evidentes para cada porte das cooperativas. Ênfase para a dimensão de riscos financeiros, onde o crédito destacou-se para todos os portes
COSO – COMMITTEE OF SPONSORING ORGANIZATIONS. (2004). Enterprise Risk Management. AICPA, Nova Jersey. Fischer, J. (1995). Contingency-based research on management control systems. Journal of Accounting Literature, 14, 24-53. Manfredo, M. R., & Richards, T. J. (2007). Cooperative risk management, rationale, and effectiveness. Agricultural Finance Review, v. 67(2), pp. 311-339. Moreira, V. R. (2009). Gestão dos Riscos do Agronegócio no Contexto Cooperativista. Fundação Getúlio Vargas, São Paulo.