1 - TAÍS PASQUOTTO ANDREOLI UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL (USCS) - PPGA
2 - Aline Crespo UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL (USCS) - Santo Antonio
3 - Silvio A. Minciotti UNIVERSIDADE MUNICIPAL DE SÃO CAETANO DO SUL (USCS) - Programa de Pós-graduação em Administração
Reumo
A evolução das discussões sobre a questão ambiental em congressos internacionais impulsionou os debates na sociedade, influenciando uma mudança no comportamento dos consumidores. Consequentemente, as organizações viram-se exigidas a adotar práticas de sustentabilidade ambiental, utilizando-se do marketing verde. Entretanto, na ânsia de acompanhar essa tendência, algumas organizações acabaram por adotar apelos verdes de forma inverossímil, o que se conceitua greenwashing.
O problema de investigação deste trabalho está pautado na produção científica acerca do tema greenwashing e demais correlatos, realizando um levantamento de dados relacionados à produção, qualidade e quantidade de publicações acadêmicas encontradas nos principais eventos de Administração do país (Semead, EnAnpad e EMA) e nas bases científicas mais reconhecidas mundialmente (Scielo, Spell, Proquest, Web of Science, Capes e Scopus).
Na ânsia de acompanhar a tendência de preocupação ambiental e de se aproveitar dos benefícios disso, especificamente da imagem verde passada aos consumidores, algumas organizações acabaram por adotar apelos verdes de forma inverossímil, promovendo um discurso mentiroso, sem um respaldo prático. A isso, conceitua-se greenwashing, visto como uma manobra publicitária, uma desinformação, uma ação intencional de confundir ou enganar os consumidores com falsas alegações sobre a postura ambiental.
Utilizou-se uma pesquisa bibliométrica, realizando um levantamento de dados relacionados à produção, qualidade e quantidade de publicações acadêmicas que abrangem o tema greenwashing e demais correlatos nos principais eventos de Administração do país (Semead, EnAnpad e EMA) e nas principais bases científicas (Scielo, Spell, Proquest, Web of Science, Capes e Scopus). Os resultados foram filtrados em artigos publicados em periódicos classificados pelo Qualis 2014 no estrato de ACT.
Foram identificados 42 artigos, os quais podem ser classificados em quatro grupos em relação à discussão do greenwashing: os que apenas mencionam o termo (19), os que o trabalham de forma superficial (2), os que o trabalham como pano de fundo (4) e os que o trabalham de fato (17), discutindo a temática no referencial teórico e dando o devido embasamento.
Aspectos interessantes acerca das publicações sobre o tema greenwashing, foram verificados, como a recentidade da discussão e alto grau de excelência dos trabalhos produzidos (publicações em revistas classificadas em ótimos qualis). Entretanto, a precariedade com que o tema vem sendo abordado pode ser constatada ao observar que apenas 17 dos 42 artigos analisados trabalham de fato o tema greenwashing. Apesar disso, existe consenso em relação ao crescente uso dessa prática pelas organizações.
BUDINSKY, J.; BRYANT, S. It’s not easy being green: the grenwashing of environmental discourses in advertising. Canadian Journal of Communication, v.38, p.207-226, 2013.
CONEJERO, Marco A., FAVA NEVES, Marcos. Maketing Ambiental e redes internacionais: o caso da Orsa Florestal. Revista Ibero Americana de Estratégia, v.5, n.1, p. 75-85, enero-junio, 2006.