Resumo

Título do Artigo

FATORES DETERMINANTES DO GRAU DE EXCESSO DE CONFIANÇA DOS ESTUDANTES DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS DA CIDADE DE NATAL/RN
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Palavras Chave

EXCESSO DE CONFIANÇA
FINANÇAS COMPORTAMENTAIS
ESTUDANTES DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

Área

Finanças

Tema

Contabilidade

Autores

Nome
1 - João Victor Joaquim dos Santos
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - Natal
2 - Yuri Gomes Paiva Azevedo
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - Natal
3 - Anderson Luiz Rezende Mól
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - Departamento de Ciências Administrativas
4 - Amanda Borges de Albuquerque Assunção
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - Departamento de Ciências Contábeis

Reumo

Segundo Pompian (2006), o excesso de confiança é um importante viés do comportamento humano que, na sua forma mais básica, pode ser resumido como a fé injustificada em um raciocínio intuitivo em julgamentos ou habilidades cognitivas. No contexto de convergência às normas internacionais de contabilidade, considera-se que o comportamento racional dos contadores, ao tomarem decisões, torna-se ainda mais relevante, tendo em vista que esses devem tratar as informações de forma objetiva, não apresentando propensões, tendências, ou aversões.
Este estudo tem como objetivo investigar os fatores determinantes do grau de excesso de confiança de estudantes do curso de Ciências Contábeis da cidade de Natal/RN.
No tocante à sua definição, Pompian (2006) afirma que o excesso de confiança é a fé injustificada no raciocínio intuitivo dos indivíduos. Em suma, considera-se que as pessoas acreditam que são mais inteligentes do que as outras. Oliveira Neto (2011) complementa, evidenciando que o excesso de confiança é uma crença em que a precisão de determinada informação é maior do que realmente é. Porém, esse viés pode prejudicar no processo decisório das pessoas, proporcionando, muitas vezes, um resultado diferente do desejado.
Realizou-se pesquisa descritiva quanto ao objetivo, survey em relação aos procedimentos, e quantitativa em relação à abordagem do problema. A amostra utilizada foi de 395 estudantes de graduação em ciências contábeis, de 4 instituições de ensino superior da cidade de Natal/RN. Os dados foram coletados através de questionários aplicados em sala de aula, no período de Abril a Maio de 2015. Para estimar o modelo das variáveis determinantes para o grau de excesso de confiança dos discentes de ciências contábeis, além da regressão por mínimos quadrados ordinários (MQO), utilizou-se o modelo Beta.
Os resultados encontrados através dos modelos MQO e Beta evidenciam que os homens possuem uma probabilidade 38% maior de apresentarem um maior grau de excesso de confiança, quando comparado às mulheres. Observou-se também que indivíduos casados possuem 23% maior probabilidade de apresentarem um maior grau de excesso de confiança, quando comparados com os indivíduos solteiros, bem como que os respondentes divorciados apresentam 124% maior probabilidade que os solteiros.
Conclui-se que os estudantes pesquisados se apresentam, de forma geral, vulneráveis a tomar decisões sendo excessivamente confiantes em suas informações disponíveis. Pode-se concluir também que os resultados obtidos nas regressões são significativos e que a idade, gênero masculino e os indivíduos casados e divorciados, empregados e empresários em relação à ocupação, bem com os discentes que auferem renda acima de 9 salários mínimos podem ser fatores determinantes para o grau de confiança.
LEE, K. et al. The effect of investor bias and gender on portfolio performance and risk. The International Journal of Business and Finance Research, v. 7, n. 1, p. 1-16, 2013. LIBBY, R.; RENNEKAMP, K. M. Experienced financial manager's views of the relationships among self-serving attribution bias, overconfidence, and the issuance of management forecasts: a replication. Journal of Financial Reporting, v. 1, n. 1, p. 131-136, 2016. POMPIAN, M. M. Behavioral finance and wealth management: How to build optimal portfolios that account for investor biases. New Jersey: Wiley, 2006.