Resumo

Título do Artigo

ESTRESSE OCUPACIONAL DOS TRABALHADORES EM REGIME ONSHORE DA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO E GÁS
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Palavras Chave

estresse
fatores estressores
trabalhadores offshore

Área

Estudos Organizacionais

Tema

Comportamento Organizacional

Autores

Nome
1 - Yara Pacheco Alves Oliveira
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - campus Florestal
2 - Adriana Ventola Marra
UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA (UFV) - INSTITUTO DE CIENCIAS HUMANAS E SOCIAIS - CAMPUS DE FLORESTAL

Reumo

Pelo impacto negativo do estresse no desempenho da organização e do trabalhador, e pela escassez de pesquisas específicas no setor onshore da indústria petroquímica justifica-se a relevância desta pesquisa. No Brasil, o regime onshore do setor é formado por diversos profissionais, com predominância da área de engenharia, abrangendo os trabalhadores em sondas terrestres, os trabalhadores da geofísica, trabalhadores em refinarias, escritórios, entre outros; são na sua imensa maioria homens, possuem idade e nível de escolaridade variado, e graus de funções diversos (MENDONÇA, HORA, e COSTA, 2012)
Diante do exposto, este estudo buscou investigar o seguinte problema: Quais são as fontes de tensão no trabalho e os possíveis quadros de estresse ocupacional em trabalhadores onshore da indústria de petróleo e gás do Brasil? O objetivo geral foi o de identificar, em um projeto de petróleo e gás do Brasil, as fontes de tensão e os quadros estresse ocupacional em trabalhadores onshore.
O estresse é um distúrbio amplo e complexo, uma vez que consiste em um fenômeno subjetivo, que depende do processo de enfrentamento situacional dos indivíduos, articulado à compreensão individual e às exigências do ambiente de trabalho (CODO, SORATTO e VASQUES-MENEZES, 2004). O trabalho e o ambiente laboral nos campos de petróleo são potencialmente estressantes: os trabalhadores vivem por um período significativo submetidos a ritmo intenso de trabalho, acidentes, risco de morte, isolamento pessoal, intenso convívio com o trabalho e distância da família (ADEAGA, 2015).
Para realização da pesquisa optou-se pelo método de investigação do estudo de caso. Quanto à obtenção de dados o estudo foi realizado através de técnicas qualitativas e quantitativas. A população classificada como finita, era composta de 94 indivíduos. Dentre eles, 18 sujeitos foram selecionados através de acessibilidade (VERGARA, 2009), perfazendo 19,15% da população. A coleta de dados se deu por questionários e entrevistas. Os dados foram tratados como estatística descritiva e análise de conteúdo.
Em relação ao nível de estresse da amostra, os trabalhadores que apresentaram o diagnóstico do distúrbio foram classificados como: 38,89% se encontram no nível de estresse leve a moderado; 27,78% estão no nível de estresse intenso; e 22,22% estão no nível de estresse muito intenso. Infere-se com isso, que a maior parte dos respondentes está no nível de estresse leve a moderado, no qual existe a ocorrência do estresse em um grau compensado. Também foram relatadas manifestações de sintomatologia física e psíquica.
O ambiente de trabalho onshore pode ser classificado como estressante e perigoso, devido aos aspectos específicos da função. Porém algumas ações da organização podem combater o impacto dessas fontes no dia-a-dia desses trabalhadores. As recomendações devem ser observadas com consideração a natureza da atividade e o contexto do ambiente de trabalho em regime onshore. Os aspectos singulares e característicos do ambiente de trabalho da função implicam exigências de desempenho em espaço/tempo constrito, associada a atitudes de descaso quanto às dificuldades vividas por esses trabalhadores.
ADEAGA, D. Psychosocial effects of offshore oil and gas work. 2015. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication/259218747_psychosocial_effects_of_ offshore_oil_and_gas_work. Acesso em: 16 set. 2015. COOPER, C.L. SUTHERLAND, .V.J. Stress Prevetion in the Offshore Oil and Gas Exploration and Prodution Industry. Geneva: International Labour Office. 1996. ZILLE, L. P. Novas perspectivas para abordagem do estresse ocupacional em gerente: estudos em organizações brasileiras de diversos setores. 2005. 307 f. Tese (Doutorado em Administração) – CEPEAD/UFMG.