Resumo

Título do Artigo

ANÁLISE DA APLICABILIDADE DO MODELO OJ (2016) PARA AVALIAÇÃO DE EMPRESAS NO MERCADO BRASILEIRO DE CAPITAIS
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Palavras Chave

Valor
Valuation
Modelo de Ohlson e Johannesson (2016)

Área

Finanças

Tema

Estrutura de Capital e Valor

Autores

Nome
1 - Jailson Manoel Silva Duarte
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - Programa de Pós-Graduação em Ciências Contábeis (PPGCC)
2 - Orleans Silva Martins
UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA (UFPB) - PPGCC/UFPB

Reumo

Os participantes do mercado de capitais estão interessados em oportunidades de negócios que apresentem maiores retornos para compensar os riscos assumidos em seus investimentos. Por isso, encontrar a melhor precificação para as empresas torna-se uma tarefa de elevada importância. Embora existam diversas técnicas que podem ser utilizada, Ohlson e Johannesson (2016) apresentam nova metodologia de avaliação estimando o valor da firma com base nos lucros e no crescimento dos lucros no curto prazo.
Assim, partindo do pressuposto de que o modelo OJ (2016) foi considerado por Ohlson e Johannesson (2016) superior ao modelo Residual Income Valuation (RIV), o objetivo deste estudo é examinar empiricamente as vantagens e desvantagens da aplicação do modelo OJ (2016) em relação aos modelos RIV e OJ (2005) no mercado brasileiro de capitais.
Ohlson e Johannesson (2016) apontaram caminhos para corrigir algumas limitações do modelo desenvolvido por Ohlson e Juetnner-Nauroth (2005). Enquanto OJ (2005) consideram um crescimento positivo, OJ (2016) supõem que esse crescimento declinará por meio de uma taxa de decaimento, mitigando os efeitos de ruídos e de vieses otimistas das previsões de crescimento do lucro. Passando a ser analisado com base no risco e na taxa de pagamento de dividendos.
A partir dos dados de 102 empresas listadas na BM&FBovespa, entre 2010 e 2015, o valor das empresas foram estimado com base nos modelos de avaliação de Ohlson (1995), de Ohlson e Juetnner-Nauroth (2005) e de Ohlson e Johannesson (2016), e com o auxílio de análises de regressão, fez-se uma análise comparativa da consistência dos modelos em prever o valor da firma, buscando identificar as vantagens e desvantagens de sua aplicabilidade.
Os resultados indicaram que as estimativas pelo modelo OJ (2016) obteve maior aproximação ao valor de mercado das empresas. E o modelo RIV só teve maior consistência quando os lucros sofreram maiores oscilações. Nas estimativas econométricas, os modelos se mostraram estatisticamente significantes, com coeficientes de determinação ajustados indicando poder explicativo médio acima de 30%. E pelos critérios de informação de Akaike e de Schwarz, ficou evidente a superioridade do modelo OJ (2016).
Portanto, destacam-se como principais contribuições deste estudo suas evidencias empíricas, que fornecem aos participantes do mercado indícios do ajuste do modelo OJ (2016) ao mercado brasileiro, além de fomentar discussões em torno dessa nova abordagem de avaliação de empresas, que precisa ter sua eficácia verificada em diferentes contextos mercadológicos.
Ohlson, J. A. (1995). Earnings, book values, and dividends in equity valuation. Contemporary accounting research, 11(2), 661-687. Ohlson, J. A., & Juettner-Nauroth, B. E. (2005). Expected EPS and EPS growth as determinants of value. Review of accounting studies, 10 (2-3), 349-365. Ohlson, J., & Johannesson, E. (2016) Equity Value as a Function of (eps1, eps2, dps1, bvps, beta): Concepts and Realities. Abacus, 52: 70–99. Nekrasov, A. (2016). Equity Value as a Function of (eps1, eps2, dps1, bvps, beta): Concepts and Realities. Discussion of Ohlson and Johannesson. Abacus, 52(1), 100-105.